O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 100

26

«sim», «sim», exceto na parte em que disse «e o negócio?». Ao negócio respondo também «sim», Sr.ª

Deputada,…

Vozes do BE: — Ah!…

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — … por uma razão muito simples: traz não só benefícios evidentes ao

turismo, à criação de cavalos, no caso das apostas hípicas, e à agricultura, como também vantagens

evidentes (e o Sr. Deputado Laurentino Dias concordará comigo) no apoio ao desporto, nomeadamente ao

desporto amador.

Esta matéria é relevante e também subscrevo o alerta que o Sr. Deputado fez quanto aos riscos e

consequências sociais do jogo e, por isso, a pergunta que fiz foi no sentido de saber quais os mecanismos de

fiscalização, de salvaguarda e de controlo desta atividade. E também é bom para a criação de emprego,

porque, certamente, vamos precisar de mais meios técnicos e humanos para controlar esta atividade. Ou seja,

só tem aspetos positivos.

«Dou até de barato» que, porventura, estarei mais confortável com esta posição, porque, em 2011, eu

próprio fiz uma pergunta ao Governo sobre esta matéria. Portanto, há muito tempo que a acompanho, não só

porque me preocupa (e penso que todos os Deputados subscrevem essa preocupação) a oferta ilegal do jogo

online mas também a receita que se perde, porque, segundo os dados da Santa Casa da Misericórdia, essa

atividade gera 300 milhões de euros e algumas empresas, e falo apenas e só da Betfair — uma das empresas

que tive oportunidade de ouvir —, registam 7 milhões diários de apostas.

Portanto, estamos a falar de algo relevante, que precisa de ser regulado, que acarreta um risco social e

que estava perfeitamente descontrolado. E o Partido Socialista, que já teve responsabilidades governativas no

passado e que as quer ter no futuro, sabe que existe este problema e prefere discutir, dizendo «Nós estamos

de acordo com quase tudo, mas como temos esse problema de dizer que estamos de acordo, queremos fazer

um debate, estamos disponíveis para o debate, encontrar algumas divergências de forma e não de conteúdo».

Por isso, gostaria de felicitar, mais uma vez, o Governo pela coragem e pelo bom senso, repito, porque, de

facto, conseguiu reprimir a oferta ilegal de jogo ilegal, que é algo que nos deve preocupar, e conseguiu fazer o

«pleno», retirando deste setor, que é sensível, tudo o que há de benéfico e acautelar o que há de perigoso ou

de menos regular na atividade. E conseguiu até fazer algo que considero relevante. O Sr. Deputado Rui Paulo

Figueiredo disse, e bem, que nos jogos há uma componente social. Reafirmamos essa componente social,

mas a Santa Casa da Misericórdia vê reforçado o seu exclusivo. Se falamos nas apostas desportivas à cota,

não só a Santa Casa fica com o exclusivo como pode, obviamente, reforçar essa oferta com base regional.

Portanto, parece-me que a Santa Casa da Misericórdia não reduz a sua capacidade, aumenta a sua

capacidade.

Do mesmo modo, se falarmos nos concursos das apostas mútuas de jogos sociais, elas estão e mantêm-

se no exclusivo da Santa Casa Misericórdia, também a concessão já atribuída aos jogos de fortuna e azar dos

casinos fica na mesma.

Portanto, julgo que se conseguiu um denominador comum, mínimo talvez, mas é relevante, que tem de

facto, os aspetos positivos que referi. Tenho algumas dúvidas sobre a capacidade e o conhecimento do jogo

para sermos eficazes no seu combate, mas fiquei descansado com a resposta que o Sr. Secretário de Estado

me acabou de dar.

Termino dizendo que o importante é não permitir que a oferta ilegal exista, que a perspetiva social do jogo

possa ser efetiva, que muitas das verbas do jogo para receita fiscal possam ser usadas para a prática

desportiva, para o turismo e para o apoio à cultura, que, haja, como é evidente, mão pesada para quem

prevarique.

De resto, não tenho, de facto, a visão de que o jogo é, em si mesmo, uma coisa má, se garantirmos a

proteção do jogador. Basta ler a proposta do Governo para se ver que há identificação do jogador (morada,

nacionalidade, informação bancária, dados da empresa, domínio .pt), para que se possa ter a noção exata de

quem é que, em Portugal, faz isso tipo de ofertas.

A única coisa que falta é «criar excêntricos», não «uma vez por semana» mas todos os dias, se possível.

Isto em si mesmo não é mau, desde que seja feito de acordo com a lei, de acordo com as regras.

Páginas Relacionadas
Página 0002:
I SÉRIE — NÚMERO 100 2 A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, Sr.ª Secr
Pág.Página 2
Página 0003:
27 DE JUNHO DE 2014 3 E, quanto ao jogo ilegal, há que fazer uma opção: ou o Estado
Pág.Página 3
Página 0004:
I SÉRIE — NÚMERO 100 4 fraude e a preservação da ordem pública, integ
Pág.Página 4
Página 0005:
27 DE JUNHO DE 2014 5 A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, inscreveram-se, p
Pág.Página 5
Página 0006:
I SÉRIE — NÚMERO 100 6 do Partido Social Democrata para debate em Ple
Pág.Página 6
Página 0007:
27 DE JUNHO DE 2014 7 A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra, Sr. Deputado.
Pág.Página 7
Página 0008:
I SÉRIE — NÚMERO 100 8 a questão que gostaria de ver esclarecida: qua
Pág.Página 8
Página 0009:
27 DE JUNHO DE 2014 9 O Sr. Laurentino Dias (PS): — Se há, Sr. Secretário de
Pág.Página 9
Página 0010:
I SÉRIE — NÚMERO 100 10 O Sr. Secretário de Estado do Turismo: — O in
Pág.Página 10
Página 0011:
27 DE JUNHO DE 2014 11 O Sr. Secretário de Estado do Turismo: — De facto, há estima
Pág.Página 11
Página 0012:
I SÉRIE — NÚMERO 100 12 Aplausos do PSD e do CDS-PP.
Pág.Página 12
Página 0013:
27 DE JUNHO DE 2014 13 Mas também gostávamos que ficasse claro, e estas são as perg
Pág.Página 13
Página 0014:
I SÉRIE — NÚMERO 100 14 O Sr. João Ramos (PCP): — É que, no regime do
Pág.Página 14
Página 0015:
27 DE JUNHO DE 2014 15 sem dar oportunidade a quem trabalha na fileira dos equídeos
Pág.Página 15
Página 0016:
I SÉRIE — NÚMERO 100 16 limitado a um número específico de concessões
Pág.Página 16
Página 0017:
27 DE JUNHO DE 2014 17 certeza, uma coisa: perderam-se muitos milhões de euros; dei
Pág.Página 17
Página 0018:
I SÉRIE — NÚMERO 100 18 Neste sentido, as entidades que vão estar aut
Pág.Página 18
Página 0019:
27 DE JUNHO DE 2014 19 Sr.ª Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, hoje damos m
Pág.Página 19
Página 0020:
I SÉRIE — NÚMERO 100 20 Hoje, todos sabemos que em Portugal, como nou
Pág.Página 20
Página 0021:
27 DE JUNHO DE 2014 21 exploração». Não estamos a falar só da regulamentação das qu
Pág.Página 21
Página 0022:
I SÉRIE — NÚMERO 100 22 verba, mais orçamento e formação? Está o Gove
Pág.Página 22
Página 0023:
27 DE JUNHO DE 2014 23 O Sr. José Magalhães (PS): — Muito bem! O Sr.
Pág.Página 23
Página 0024:
I SÉRIE — NÚMERO 100 24 Só que, agora, ao ouvir o Sr. Secretário de E
Pág.Página 24
Página 0025:
27 DE JUNHO DE 2014 25 justiça — não foi um pacote feito em cima do joelho, nem com
Pág.Página 25
Página 0027:
27 DE JUNHO DE 2014 27 Aplausos do CDS-PP e do PSD. O Sr. Presidente
Pág.Página 27
Página 0028:
I SÉRIE — NÚMERO 100 28 Julgo que o Governo não manifestou indisponib
Pág.Página 28
Página 0029:
27 DE JUNHO DE 2014 29 O Sr. Luís Menezes (PSD): — Sr. Presidente, dá-me licença qu
Pág.Página 29
Página 0030:
I SÉRIE — NÚMERO 100 30 O jogo online tem tido uma evolução assinaláv
Pág.Página 30
Página 0031:
27 DE JUNHO DE 2014 31 propostas deste Governo, mas não há apreciação técnica, não
Pág.Página 31
Página 0032:
I SÉRIE — NÚMERO 100 32 Qual é o impacto esperado do aumento da recei
Pág.Página 32
Página 0033:
27 DE JUNHO DE 2014 33 Sr. Deputado, que pergunte qual é a pressa, acho legítimo; q
Pág.Página 33
Página 0034:
I SÉRIE — NÚMERO 100 34 O Sr. Secretário de Estado do Turismo: — … nu
Pág.Página 34