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26 DE JULHO DE 2014

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Investigação Científica e Tecnológica, de que foi vogal dos conselhos técnico e científico, ou no Centro de

Cálculo da Universidade Técnica de Lisboa, de que foi fundador e diretor.

José Delgado Domingos desempenhou, igualmente, um importante papel na criação da Universidade Nova

de Lisboa, tendo sido vogal da sua comissão instaladora e responsável pela área de Ciências e Tecnologias,

no âmbito da qual foram criadas as primeiras licenciaturas portuguesas em Engenharia Informática e em

Engenharia do Ambiente.

Da sua vasta carreira profissional, em Portugal, França, Suíça, Reino Unido e Estados Unidos da América

do Norte, destaque ainda para o cargo de Professor Visitante e Senior Research Fellow do Imperial College da

Universidade de Londres, de Professor no Curso de Planeamento Energético da Agência Internacional de

Energia Atómica, de Consultor da UNESCO para a Metodologia do Planeamento Energético.

O Professor Engenheiro Delgado Domingos era Membro da American Society of Mechanical Engineers, da

Institution of Mechanical Engineers, do Combustion Institute, da Society for Industrial and Applied

Mathematics, da American Meteorological Society e da The American Association for Advancement of

Sciences, entre outras.

O seu nome ficará indelevelmente ligado às questões energéticas nacionais, de cujos debates foi um

protagonista maior, emprestando o seu conhecimento e descodificando a ciência ao comum dos cidadãos,

muito especialmente em 1974, quando é colocada a opção nuclear como um dos objetivos estratégicos

nacionais em matéria de luta pela autonomia energética nacional.

Delgado Domingos clarifica o que realmente está em jogo, afirmando que ‘(…) Portugal encontra-se numa

situação única para construir uma sociedade diferente. Nem hiperindustrializado nem subdesenvolvido,

Portugal tem a sua última oportunidade de sobrevivência se decidir o seu próprio caminho (…). Contra o

nuclear se conjugam também todos os argumentos que assentam no nosso passado histórico (…) que nos

tornam um Povo autónomo e com personalidade própria’.

Com o seu nome associado a Ferrel, onde pequenas associações se aliam a intelectuais, cientistas e

associações, Delgado Domingos, o autor de Inteligência ou Subversidade? O Absurdo duma opção nuclear

(1978), é um dos principais responsáveis por demover o Governo de então de apoiar a opção nuclear.

Até à sua morte, era investigador no Centro de Estudos em Inovação, Tecnologia e Políticas de

Desenvolvimento, presidindo, igualmente e desde 2008, ao Conselho de Administração da Lisboa E-Nova —

Agência Municipal de Energia e Ambiente de Lisboa.

Foi um Engenheiro até ao último dos seus dias e, sempre fiel à ciência e às leis da Física — com que

sempre interpretou o mundo —, disse à família, antes de partir, que seria apenas ‘(…) transferência de massa’.

A Assembleia da República, reunida em sessão plenária, manifesta o seu pesar pela morte do Professor

Engenheiro José Joaquim Delgado Domingos, enviando sentidas condolências à sua família e expressando a

sua consternação ao Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa, de que foi um dos nomes

maiores.»

A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, vamos, então, proceder à votação deste voto.

Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.

Informo a Câmara que, após a votação dos três votos de pesar que constam do guião de votações,

guardaremos 1 minuto de silêncio. Para os votos de pesar serem lidos em sequência, o voto n.º 205/XII (3.ª)

será votado posteriormente.

Sendo assim, vamos passar ao voto n.º 212/XII (3.ª) — De pesar pela morte dos passageiros e tripulantes

do voo MH-17 (PCP), que o Sr. Secretário, Deputado Jorge Machado, fará o favor de ler.

O Sr. Secretário (Jorge Machado): — Sr.ª Presidente e Srs. Deputados, o voto é do seguinte teor:

«No passado dia 17 de julho, o avião da Malaysia Airlines que sobrevoava o espaço aéreo ucraniano

despenhou-se em circunstâncias que, apesar da suspeita de ter sido atingido, não estão ainda esclarecidas,

provocando a morte a todos os seus ocupantes.

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