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I SÉRIE — NÚMERO 7

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Não há desculpas que vos valham! Não têm soluções porque não as querem ter! Estão a atacar o ensino,

estão a atacar, nomeadamente, o ensino artístico. E o vosso silêncio é a demonstração disso mesmo.

Há perguntas que precisam de ser respondidas já e a que não podem fugir. Os professores vão ser

colocados já? Sim ou não? Como é que vamos começar a preparar agora, já, o início do próximo ano letivo

para não vivermos novamente esta situação?

E a pergunta básica dos direitos de quem trabalha é esta: os contratos dos professores vão ser a partir de

que dia? A partir do dia 1 de setembro ou só do final de outubro? É que os senhores sabem tão bem como nós

que os professores a quem estão a negar contratos de trabalho por irresponsabilidade vossa, por concursos

que não funcionaram por vossa responsabilidade e vossa escolha,…

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Faça favor de terminar, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Catarina Martins (BE): — … se não tiverem os contratos a partir do dia 1 de setembro, não vão ter

acesso a subsídio de desemprego se precisarem, vão ser prejudicados nas colocações daqui para a frente. E

por isso têm de responder. Têm de responder pelos direitos dos professores e têm de responder aos alunos

que dizem: «Queremos aulas! Queremos aulas! Queremos aulas!».

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para uma declaração política, tem a palavra o Sr. Deputado José

de Matos Correia.

O Sr. José de Matos Correia (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: A intervenção que, em

nome do Grupo Parlamentar do PSD, aqui venho hoje fazer tem a ver, evidente e necessariamente, com os

desenvolvimentos recentes no Partido Socialista.

A minha primeira palavra é evidentemente para cumprimentar, como, creio, é democraticamente devido, o

novo líder político do Partido Socialista pela sua vitória no ato eleitoral interno do passado domingo.

Estes cumprimentos, que, repito, são democraticamente devidos, não nos podem, no entanto, fazer

esquecer que estas eleições marcaram um momento que, do nosso ponto de vista, é especialmente negativo

na vida democrática do nosso País e, sobretudo, no que toca à credibilidade da política e dos políticos.

Com efeito, o País, todos nós tínhamos direito a que, nesta campanha interna do Partido Socialista, se

tivessem discutido ideias, se tivessem discutido propostas, se tivessem discutido projetos. Em vez disso, a que

é que assistimos? Assistimos a ataques pessoais, assistimos à fuga às responsabilidades passadas e

presentes, assistimos à incapacidade de apresentar qualquer tipo de solução para qualquer problema com que

o País está confrontado e ainda ao acumular de afirmações vagas e ocas.

Aplausos do PSD.

A um partido fundador da nossa democracia, a um partido que pertence àquilo a que vulgarmente se

chama o «arco da governação», a um partido que aspira — legitimamente, de resto — ao exercício da

alternância política, pedia-se — diria, exigia-se — muito mais do que aquilo com que fomos confrontados.

De toda a campanha, sobra apenas uma coisa: um indisfarçável e absoluto vazio de ideias. Um vazio que

chegou até, extraordinariamente, a ser assumido num dos debates por aquele que veio a ser o vencedor das

eleições internas, quando afirmou que ideias só mais lá para a frente, que agora o que interessava era ganhar

as eleições internas e que depois se pensava em apresentar propostas para o País. Estranha forma de fazer

política!…

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. José de Matos Correia (PSD): — O novo líder do Partido Socialista conseguiu, é certo, fugir

habilmente «entre os pingos da chuva» mas, agora, tudo isso acabou. Ainda que não, jurídica e formalmente,

líder do PS, uma vez que falta ainda a realização das eleições diretas estatutariamente previstas, o Dr. António

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