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11 DE OUTUBRO DE 2014

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O Sr. Secretário (Duarte Pacheco): — Sr.ª Presidente, Srs. Deputados, o voto de pesar é do seguinte teor:

«O desaparecimento de Fernando Sousa comoveu o País. Com 65 anos, Fernando Sousa morreu em

serviço, em Milão, onde estava em reportagem sobre o tema que marcou a sua vida e a razão por que todos o

conhecemos: mais uma reunião do Conselho, neste particular dedicada ao tema do emprego, como tantas

vezes fez ao longo dos últimos 20 anos.

Portugal e a Europa conhecem Fernando Sousa como um dos mais competentes e notáveis jornalistas que

quase diariamente trazia a Portugal a informação sobre a Europa de que fazemos parte.

Fernando Sousa era hoje o correspondente da SIC em Bruxelas, onde vivia e de onde partia,

habitualmente, para nos relatar o que acontecia por essa Europa fora, com qualidade, isenção, rigor, mas

também com uma abordagem pedagógica sobre as decisões europeias.

No início da sua carreira, destacou-se como jornalista da BBC, em Londres, onde trabalhou no setor

português durante vários anos. Fernando Sousa trabalhou também na RDP, no Comércio do Porto, na Rádio

Renascença e foi durante largos anos quadro do Diário de Notícias. Mas foi como correspondente da SIC que

traçou grande parte da sua carreira.

Ao longo de anos, Presidentes da República, Primeiros-Ministros, Ministros, Eurodeputados, Comissários

Europeus, mas também diplomatas, cidadãos das comunidades portuguesas por essa Europa fora

habituaram-se a conviver, a trabalhar ou a colaborar com um homem marcante, inteligente e muito afável.

Num mundo cada vez mais exigente e sensível, como é o da política e o do jornalismo, Fernando Sousa deixa-

nos a todos um exemplo de isenção, respeito pela verdade e pelos factos.

Durante a sua vida, Fernando Sousa esteve presente em mais cimeiras europeias do que qualquer Chefe

de Estado da União. Sem pretensiosismos, nas palavras de Francisco Pinto Balsemão, o ‘Fernando Sousa

ensinou-nos a olhar para a Europa’ todos os dias. Todos aprendemos com o Fernando.

Entre os seus pares, jornalistas portugueses e outros europeus, que diariamente dão a conhecer a União

Europeia a partir de Bruxelas, Fernando Sousa era reconhecido como o decano, o símbolo e uma referência.

Deixa, hoje, uma imagem de respeito, um exemplo a seguir, mas sobretudo uma enorme saudade.

Grande conhecedor dos dossiers europeus, Fernando Sousa ajudou Portugal e os portugueses a conhecer

e a perceber a Europa, ao longo de várias gerações, de diferentes processos negociais, de vários orçamentos.

Fernando Sousa foi um dos rostos que apresentou aos portugueses as diferentes mudanças que a Europa foi

atravessando e às quais a sua imagem ficará para sempre associada. Com ele, a Europa ficou mais perto dos

portugueses.

Em 2006, foi condecorado com a Ordem do Infante D. Henrique por S. Ex.ª o Presidente da República.

Raros serão os que hoje não recordam Fernando Sousa como um grande jornalista, um grande

comunicador, mas sobretudo como um homem bom».

A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, vamos votar o voto que acabou de ser lido.

Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade

Passamos ao voto n.º 222/XII (4.ª) — De pesar pela morte do cidadão saaraui Hasana Elwali (PCP).

Peço ao Sr. Secretário, Deputado Jorge Machado, o favor de proceder à leitura do voto.

O Sr. Secretário (Jorge Machado): — Sr.ª Presidente e Srs. Deputados, o voto de pesar é do seguinte teor:

«No passado dia 28 de setembro, o cidadão saaraui Hasana Elwali morreu às mãos das autoridades

marroquinas, depois de ter sofrido maus-tratos ao longo de dois anos.

Hasana Elwali nasceu em 1972 em Ber Anzaran, Dahkla, no sul do Sahara Ocidental. Era Membro do

Comité Contra a Tortura em Dahkla e representante da Associação das Vítimas de Minas. Durante o seu

percurso de ativista, Hasana Elwali reuniu com um Relator Especial das Nações Unidas contra a Tortura, com

uma delegação do Parlamento Europeu e com várias organizações não-governamentais que se deslocaram

aos territórios ocupados do Sahara Ocidental para se inteirarem das condições de vida em que vivem os

saarauis.

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