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I SÉRIE — NÚMERO 18

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Portanto, Sr. Deputado, concordo quando diz que temos necessidade de manter este impulso reformista,

de manter esta determinação, de ter um Orçamento que é responsável, que mantém políticas restritivas, na

medida em que ainda temos défice e dívida para abater. Mas falamos com autoridade, a autoridade de quem

diminuiu a dívida e o défice e isso, creio, Sr. Deputado, faz muita diferença quando discutimos as decisões que

tomamos para futuro.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — A próxima pergunta cabe ao CDS-PP.

Tem a palavra o Sr. Deputado Nuno Magalhães.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, como disse, acabaram de sair

os números do INE sobre a confiança dos consumidores, os melhores desde 2002, ou seja, desde há 12 anos.

E, Sr. Primeiro-Ministro, é caso para dizer que, quando o INE ouve os consumidores, eles confiam no futuro;

quando ouvimos a oposição, como acabámos de fazer, continuam a desconfiar não só do futuro, mas,

sobretudo, daquilo que o País, os portugueses e as empresas foram e são capazes de fazer.

A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — É isto que nos distingue, Srs. Deputados!

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

Por isso, Sr. Primeiro-Ministro, temos um Orçamento que, a nosso ver, tem uma história, tem um contexto e

tem uma opção.

Tem, desde logo, uma história e uma data: 17 de maio de 2011, um País com falta de liquidez para pagar

funções essenciais do Estado, a negociar um resgate em cima da hora, com um Memorando em estado de

necessidade, em total dependência do exterior.

Temos, por isso, e com base nessa história, Sr. Primeiro-Ministro, um contexto com dois ciclos: o primeiro é

aquele que fizemos, ou seja, cumprir com o que nos comprometemos, pagar o que devíamos e seguir o plano

A, isto é, um só resgate, um só memorando, um só prazo, um só programa.

Lembra-se bem daqueles que diziam: «Portugal não vai pagar! Não vamos conseguir! O segundo resgate

está por dias, está por horas»?! Enganaram-se, Sr. Primeiro-Ministro!

Lembrar-se-á também, certamente, daqueles que diziam: «Bom, se calhar, vamos cumprir, mas com mais

tempo, mais dinheiro, mais juros, é uma espiral recessiva»?! Sr. Primeiro-Ministro, enganaram-se novamente!

Lembrar-se-á, ainda, Sr. Primeiro-Ministro, daqueles que, depois destas evidências, diziam: «Afinal, vamos

cumprir e dentro do prazo, mas vamos ter um programa cautelar que, no fundo, é um segundo programa»?!

Enganaram-se não uma, não duas ou três vezes, Sr. Primeiro-Ministro, enganaram-se sempre, uma vez atrás

de outra!

Risos do PS e do BE.

E, Sr. Primeiro-Ministro, agora, riem-se, desconversam, olham para o lado!

O Sr. João Galamba (PS): — Até o Ministro Paulo Portas se ri!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Mas é bom recordar, porque isto dói, a verdade dói, Srs. Deputados:

os senhores enganaram-se sempre, enganaram-se face à realidade e até admito dizer que se enganaram face

aos vossos desejos, conforme aqueles que eram os vossos objetivos eleitoralistas.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

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