O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

31 DE OUTUBRO DE 2014

35

O Sr. Deputado agora vai ter de escolher se me quer continuar a questionar ou se quer ouvir as respostas

às perguntas. É que estou a responder ao Sr. Deputado.

Ora, o Sr. Deputado procurou explorar um ponto que é mais ou menos este: há assim uma espécie de

efeito involuntário; as nossas políticas deram certo por caminhos ínvios que não estão de acordo com aquelas

que eram as nossas intenções.

O Sr. João Galamba (PS): — Não é bem isso!

O Sr. Primeiro-Ministro: — O que o Sr. Deputado quer dizer é mais ou menos isto: «Os resultados até não

foram maus, mas só aconteceram assim porque o Tribunal Constitucional não deixou os senhores fazerem as

maldades que queriam fazer, porque, se os senhores tivessem feito a política que queriam, os resultados

teriam sido péssimos».

Devo dizer que já tinha assinalado uma total incoerência do Partido Socialista nesta matéria. Em primeiro

lugar, porque o Partido Socialista, em diversos programas de estabilidade que apresentou a este Parlamento,

previu exatamente medidas como aquelas que depois veio a reclamar como sendo inconstitucionais.

A última que ainda não reclamou como sendo inconstitucional foi o teto para as prestações sociais, que

consta do PEC 2 — está presente o Deputado que era na altura era Ministro da respetiva pasta. É mesmo

assim, Sr. Deputado: teto para as prestações sociais.

O Sr. Nuno Sá (PS): — Isso é falso! É manipulação!

O Sr. Primeiro-Ministro: — A definição de tetos máximos de despesa com as prestações sociais do

regime não contributivo da segurança social consta do PEC do Partido Socialista.

O Partido Socialista previu também cortes nos salários da Administração Pública, cortes nas pensões

equivalentes a estes, isto é, cortes que deveriam ser feitos nas pensões a partir de 1500 € e, depois — pasme-

se! — veio dizer que «se formos Governo, por ganharmos as eleições em 2015, não podemos repor estes

cortes, mas queremos que eles sejam inconstitucionais para este Governo. Nós, quando estávamos no

Governo, defendíamos estes cortes, mas agora, como estamos na oposição, achamos que não podem ser

constitucionais». Quer dizer, se eles não fossem inconstitucionais quando o PS governava, os resultados eram

aceitáveis e bons, como seria boa a linha política que o Governo segue a executá-los, mas, como é este

Governo que prossegue esta linha e o Partido Socialista está na oposição, os caminhos são ínvios e os

resultados são paradoxais com aquilo que o Governo quer!

Sr. Deputado, um pouco de consistência nesse raciocínio, se faz favor!

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Deixe-me dizer ao Sr. Deputado que discordo da suposta evidência empírica que traz.

Na verdade, a retoma do consumo que está a ter lugar este ano e que contraiu extraordinariamente em

2012, tem exatamente a mesma origem: a confiança e as expectativas dos agentes económicos.

O Sr. João Galamba (PS): — A falta de confiança!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sabe o Sr. Deputado que, na verdade, o que aconteceu, maioritariamente, foi

que, em 2012, as pessoas assustaram-se quanto àquilo que era o limite das suas possibilidades, aqueles que

podiam não gastaram e, agora, aqueles que podem estão a gastar mais porque têm confiança na retoma da

economia. E isso é ilustrado, Sr. Deputado, através de duas evidências.

A primeira é que o endividamento das famílias face à banca não está a aumentar, está a diminuir. Portanto,

se o endividamento face à banca está a diminuir, o consumo não está a ser insuflado à custa de dívida, como

no modelo que o Partido Socialista prosseguiu durante anos, Sr. Deputado! É ao contrário.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Páginas Relacionadas
Página 0002:
I SÉRIE — NÚMERO 18 2 A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, Srs. Membr
Pág.Página 2
Página 0003:
31 DE OUTUBRO DE 2014 3 É frequente procurar analisar decisões políticas como o Orç
Pág.Página 3
Página 0004:
I SÉRIE — NÚMERO 18 4 de despesa sem qualquer precedente, nem paralel
Pág.Página 4
Página 0005:
31 DE OUTUBRO DE 2014 5 A proposta de Orçamento do Estado para 2015 é igualmente re
Pág.Página 5
Página 0006:
I SÉRIE — NÚMERO 18 6 O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Muito bem!
Pág.Página 6
Página 0008:
I SÉRIE — NÚMERO 18 8 Sr. Primeiro-Ministro, quanto ao patético, aqui
Pág.Página 8
Página 0009:
31 DE OUTUBRO DE 2014 9 as organizações internacionais têm a mesma perspetiva de cr
Pág.Página 9
Página 0010:
I SÉRIE — NÚMERO 18 10 Agora, Sr. Deputado, a reforma do Estado é um
Pág.Página 10
Página 0012:
I SÉRIE — NÚMERO 18 12 vai crescer mais do que na zona euro. Vamos re
Pág.Página 12
Página 0013:
31 DE OUTUBRO DE 2014 13 do abismo, da insolvência e da bancarrota, em 2011, e com
Pág.Página 13
Página 0014:
I SÉRIE — NÚMERO 18 14 Portanto, Sr. Deputado, concordo quando diz qu
Pág.Página 14
Página 0016:
I SÉRIE — NÚMERO 18 16 A Sr.ª Presidente: — Sr. Primeiro-Ministro, te
Pág.Página 16
Página 0017:
31 DE OUTUBRO DE 2014 17 O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Exatamente!
Pág.Página 17
Página 0019:
31 DE OUTUBRO DE 2014 19 Um Governo que afundou a educação e o ensino — do básico a
Pág.Página 19
Página 0020:
I SÉRIE — NÚMERO 18 20 De facto, quem precisa de pedir um resgate por
Pág.Página 20
Página 0021:
31 DE OUTUBRO DE 2014 21 recapitalizados nas próprias empresas, possam constituir d
Pág.Página 21
Página 0022:
I SÉRIE — NÚMERO 18 22 O Sr. João Oliveira (PCP): — Veja o IPO do Por
Pág.Página 22
Página 0024:
I SÉRIE — NÚMERO 18 24 Sr. Primeiro-Ministro, para terminar, há duas
Pág.Página 24
Página 0025:
31 DE OUTUBRO DE 2014 25 que o processo de insolvência do Grupo Espírito Santo que
Pág.Página 25
Página 0026:
I SÉRIE — NÚMERO 18 26 quando disse que a Sr.ª Deputada gosta de vive
Pág.Página 26
Página 0027:
31 DE OUTUBRO DE 2014 27 O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Não podemos ser tod
Pág.Página 27
Página 0028:
I SÉRIE — NÚMERO 18 28 Espírito Santo, o que é uma coisa diferente. E
Pág.Página 28
Página 0029:
31 DE OUTUBRO DE 2014 29 Protestos do Deputado do PS João Galamba.
Pág.Página 29
Página 0034:
I SÉRIE — NÚMERO 18 34 No Orçamento do Estado para 2015, o Governo pr
Pág.Página 34
Página 0036:
I SÉRIE — NÚMERO 18 36 Hoje, temos uma retoma do consumo que t
Pág.Página 36
Página 0037:
31 DE OUTUBRO DE 2014 37 O Sr. Primeiro-Ministro: — … dado que o País agora
Pág.Página 37
Página 0038:
I SÉRIE — NÚMERO 18 38 A Sr.ª Presidente: — Queira concluir, Sr. Prim
Pág.Página 38
Página 0043:
31 DE OUTUBRO DE 2014 43 E, Sr. Primeiro-Ministro, toda a gente sabe isso! Os portu
Pág.Página 43
Página 0044:
I SÉRIE — NÚMERO 18 44 ritmo de 20% ao ano, não podia ser avaliada pe
Pág.Página 44
Página 0045:
31 DE OUTUBRO DE 2014 45 será muito importante, quer para realizar o mercado intern
Pág.Página 45
Página 0051:
31 DE OUTUBRO DE 2014 51 Para termos uma ideia: com os juros da dívida que gastamos
Pág.Página 51
Página 0052:
I SÉRIE — NÚMERO 18 52 O Sr. Primeiro-Ministro: — … e de mais
Pág.Página 52
Página 0053:
31 DE OUTUBRO DE 2014 53 O Bloco de Esquerda diz assim: «Não, não, isso não nos int
Pág.Página 53
Página 0054:
I SÉRIE — NÚMERO 18 54 Mas, Sr.ª Deputada, se há Governo que tem cons
Pág.Página 54
Página 0055:
31 DE OUTUBRO DE 2014 55 possamos saber exatamente aquilo que numa democracia se ex
Pág.Página 55