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31 DE OUTUBRO DE 2014

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O Sr. Ferro Rodrigues (PS): — Sr.ª Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, pelo tipo de intervenção que aqui fez

e o tipo de Orçamento que apresenta verifica-se, mais uma vez, que o senhor vive como sendo um Primeiro-

Ministro de um país imaginário visto que está convencido de que os portugueses ficaram satisfeitos com a

evolução do País em 2014 e estão muito otimistas com aquilo que se prepara para 2015.

Pois posso dizer-lhe que é exatamente o contrário. Ouvimos as confederações patronais, as confederações

sindicais, as associações de municípios e de freguesias, e o ambiente é extremamente negativo, tanto em

relação à evolução do passado como em relação àquilo que vai passar-se no futuro.

O drama é que o Sr. Primeiro-Ministro vive num país imaginário, mas os portugueses têm um Primeiro-

Ministro concreto, que é o senhor e que tem repetido com teimosia um conjunto de políticas que são negativas

e que são incompetentes.

Aplausos do PS.

O Sr. Primeiro-Ministro, na semana passada, queixou-se de comentadores políticos, muitos dos quais do

seu partido, chamando-lhes «orgulhosos», «preguiçosos», «patéticos». Bom, mas o que é este Orçamento

senão até um pouco mais do que isso?

Comecemos pela questão do orgulho. Este Orçamento, ao repetir a mesma lógica dos anteriores, ao

aprofundar a austeridade, é um Orçamento que não é apenas orgulhoso, é um Orçamento extremamente

arrogante.

Protestos do PSD.

Vejo que o Sr. Primeiro-Ministro teve a desfaçatez de dizer que estava a mudar o modelo económico em

Portugal quando, no próximo Orçamento, aquilo que se prevê é que um crescimento de 1,5%, que é, aliás,

posto em causa pelas organizações internacionais, será atingido, por via da procura interna, em 1,3% e das

exportações líquidas em 0,2%. É exatamente o modelo dos tais 10 anos perdidos que o Sr. Primeiro-Ministro

tanto fala, é aquele que, em desespero de causa, quer pôr em 2015!

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — É incrível!

O Sr. Ferro Rodrigues (PS): — Isto demonstra como, além do orgulho, porque não faz qualquer balanço

sério do que é o erro deste modelo, é arrogante.

A austeridade expansionista falhou, a austeridade expansionista fracassou e insistem no erro, insistem nas

fantasias quanto às perspetivas para o ano que vem e insistem no falhanço do essencial. Repare que, para o

próximo Orçamento, o investimento previsto para 2015 é de 2%. É isto a austeridade expansionista?! Ao fim

de quatro anos de Governo, de 12 Orçamentos, traz-nos aqui uma perspetiva de investimento de 2%! Isto é

um desastre económico e um desastre para o modelo de crescimento português!

Aplausos do PS.

Quanto à preguiça, Sr. Primeiro-Ministro, que maior preguiça pode haver do que, nas circunstâncias em

que o País está, continuar a aumentar a carga fiscal? Sim, porque as receitas de contribuições, de impostos,

de taxas, de taxinhas, aumentam bastante mais do que o Produto, em termos nominais. Isto é que é preguiça,

é ir recolher mais fundos por via do saque fiscal e, por outro lado, atacar os mais pobres com os tetos para as

prestações sociais. O que é isso senão preguiça?!

Sr. Primeiro-Ministro, tenho comigo uma página de um jornal que diz que, no ano passado, um quarto das

crianças que beneficiavam do rendimento social de inserção (RSI) perdeu direito ao apoio. Gosta de ver isto?

Acha que isto é que a política de família? Acha que a boa política de família é a que se dirige aos mais ricos e

não aos mais pobres?!

Aplausos do PS.

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