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I SÉRIE — NÚMERO 19

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Sr.as

e Srs. Deputados, falta saber, falta ao País conhecer, quais as linhas estratégicas, quais as

alternativas orientadoras, quais as medidas concretizáveis que o PS tem para apresentar como alternativa à

governação de Portugal.

Falemos, Srs. Deputados, com verdade e com realismo. A política é a arte do possível, porque, se for a

promessa do impossível, chama-se demagogia, chama-se engano, chama-se mentira!

O Sr. Carlos Abreu Amorim (PSD): — Muito bem!

O Sr. Miguel Santos (PSD): — O que não significa que se subsuma à falta de ambição mas, sim, à

vontade inquebrantável de superar as dificuldades e de lutar por um futuro melhor.

Sejamos francos, sejamos verdadeiros! Até este preciso minuto o Partido Socialista não tem nada para

oferecer ao País. Duas mãos cheias de nada; uma cheia de nada e outra cheia de coisa alguma!

Recordando um ex-líder do Partido Socialista, que a história e o tempo vai apagando, não basta ao Dr.

Costa prostrar-se do varandim ou colocar-se à janela, reservando a quinta-feira para, num programa de

comentadores, tecer algumas considerações vagas e sempre, sempre descomprometidas, e lançar-se em

críticas, como se do próprio e do Partido Socialista mais não se esperasse do que alhear-se da

responsabilidade de se submeter ao escrutínio dos portugueses, através de propostas publicamente

assumidas.

Assim, à falta de alternativa conhecida, o maior partido da oposição, o Partido Socialista, fica entregue à

iniciativa pública de alguns Srs. Deputados que, em troca de 10 minutos de fama na telinha mágica dos canais

informativos, estão disponíveis para os maiores impropérios e as mais navegantes teses económicas e

financeiras.

O Sr. Amadeu Soares Albergaria (PSD): — Muito bem!

O Sr. Miguel Santos (PSD): — Mas pergunta-se: o que pensa o Partido Socialista? O que pensa o Dr.

Costa?

O PS encosta-se à esquerda radical, à extrema-esquerda, não em termos de propostas políticas, porque

essas andam em parte incerta, mas à esquerda radical em termos de atitude e de mero discurso.

Aliás, ainda na semana passada, a propósito do relatório do Orçamento do Estado para 2015, na Comissão

de Saúde, os Deputados do PSD e os restantes Deputados assistiram à intervenção de Deputados do Partido

Socialista utilizando a linguagem doutrinária própria da extrema-esquerda com o conceito tradicional do

desmantelamento. Chegou-se ao ponto de questionar a política do medicamento, que este Governo tem

implementado ao longo destes três anos e que tão bons resultados tem conseguido, afirmando o Partido

Socialista que os portugueses estão com dificuldades na compra dos medicamentos nas farmácias.

Srs. Deputados do Partido Socialista, folgo imaginar que se encontram de muito boa saúde, porque,

comprovadamente, os Srs. Deputados não vão às farmácias, não enfrentam aquilo que os portugueses

enfrentam, que é uma descida substancial do preço dos medicamentos, garantindo que os portugueses têm

mais acesso a mais medicamentos a um preço substancialmente inferior.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Aliás, é um encosto à extrema-esquerda, em termos de atitude e de discurso político, apesar de o próprio

Dr. Costa ter um longo histórico crítico da extrema-esquerda, por exemplo, do Bloco de Esquerda, de quem

disse publicamente «cobras e lagartos». E, para não cometer nenhuma injustiça, vou socorrer-me de um

«memorandozinho», para citar exatamente as palavras do Dr. Costa.

Para António Costa, o Bloco de Esquerda é «um partido oportunista que parasita a desgraça alheia e

completamente alérgico a assumir qualquer responsabilidade». Não sei se o Dr. Costa, entretanto, já mudou

de ideias, já mudou de discurso, porque, na verdade, não assisti ao programa de ontem à noite.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

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1 DE NOVEMBRO DE 2014 23 Aplausos do PS. E a previsão com maio
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