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1 DE NOVEMBRO DE 2014

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firmeza e a coragem que nos trouxeram até aqui, como sempre, capazes de dialogar e de ouvir cada vez mais,

evitando todos os sectarismos, conscientes de que existem ainda muitas incertezas, seja no espaço global

seja, em particular, no espaço europeu, que representam obviamente riscos, mas sabendo que Portugal fez o

seu trabalho de casa, recuperou a sua soberania, a sua credibilidade externa e a sua liberdade enquanto

nação e, por isso, tem futuro.

Esse caminho devemos prossegui-lo, no futuro, com aqueles muitos portugueses que querem andar para a

frente e não querem, nem estão dispostos, a voltar para trás,…

A Sr.ª Presidente: — Queira concluir, Sr. Deputado.

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — … que querem prudência orçamental e crescimento económico, que

querem disciplina na despesa e moderação fiscal, que querem desenvolvimento com justiça social.

Tenhamos, Sr.as

e Srs. Deputados, a capacidade de prosseguir esse caminho, sem receio, pois nada temos

a temer, mas com toda a convicção no rumo e no destino que escolhemos.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

A Sr.ª Presidente: — A próxima intervenção é do PS. Tem a palavra o Sr. Deputado Ferro Rodrigues.

O Sr. Ferro Rodrigues (PS): — Sr.ª Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, Sr.as

e Srs. Membros do Governo,

Sr.as

e Srs. Deputados: Há dois anos, dizíamos, nesta mesma tribuna, que a situação económica se agravava

e que o desespero tomava conta de muitas famílias. Já nessa altura tínhamos um Governo dividido e sem

credibilidade.

O PS também avisava, já nessa altura, pela voz de António José Seguro, para as consequências da

política orçamental, uma política de bombardeamento fiscal sobre a classe média e os trabalhadores, uma

política de diminuição dos mínimos sociais, que só podia ter um impacto devastador. E ainda por cima, uma

política que todos sabíamos ser, além de injusta, irrealista e inexequível.

Por isso, não é de hoje que o PS avisa o Governo. Não é de hoje que alertamos para o que estava a

acontecer. Não é de hoje, quando os portugueses já anseiam por eleições, que deixámos aqui avisos sérios.

Por isso, não nos peçam agora para calarmos o que dissemos, uma e outra vez, mas que os senhores não

quiseram ouvir.

Aplausos do PS.

Não nos quiseram ouvir, a nós, nem quiseram ouvir nenhuma das muitas vozes que na sociedade

portuguesa tentaram parar o caminho para a situação económica e social que hoje vivemos.

Então, como agora, os partidos da coligação juravam que nada tinham a ver com a austeridade e com o

acordo com a troica, quando, na verdade, já com eleições marcadas — como eu disse, há dois anos —,

prepararam, incentivaram, instigaram, exibiram, negociaram, assinaram e comemoraram o Memorando de

Entendimento.

Aplausos do PS.

A Sr.ª Hortense Martins (PS): — Bem lembrado!

O Sr. Ferro Rodrigues (PS): — Um pedido de ajuda contra o qual muitos se bateram até aos limites de

forças e possibilidades. E aqui há que salientar uma pessoa, um nome: José Sócrates.

Aplausos do PS.

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Muito bom!… Muito bom!…

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