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21 DE NOVEMBRO DE 2014

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O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — … está zangada com as pessoas que, felizmente, nos últimos 20

meses, de forma consecutiva, foram arranjando emprego.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Foram os vistos gold!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — O Sr. Deputado está muito interessado nos vistos gold, mas sobre

passar certos muros de um lado para o outro, passar fronteiras, disso falaremos nos próximos dias, esteja

descansado! Vamos falar sobre isso! Não deixará de falar sobre passar muros, Sr. Deputado!

Mas, sabe, Sr. Deputado, estamos a falar de um assunto mais sério, embora esse também seja, estamos a

falar de um assunto que tem a ver com o desemprego.

O desemprego está ainda, evidentemente, em valores muito altos, demasiado altos — 13,9% não é

aceitável! E teremos todos, em conjunto — empresas, empresários, trabalhadores, o Estado, o Governo, mas

também a oposição, apresentando propostas credíveis —, de trabalhar para baixar mais essa taxa de

desemprego.

Mas também é verdade que essa taxa de desemprego já esteve em 17,4%…

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Bem lembrado!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — … e hoje está em 13,9%.

E por que é que esteve em 17,4%? Porque Portugal, em 2011, estava a um mês de não ter dinheiro para

pagar pensões e salários, a pensionistas, a enfermeiros, a médicos, a polícias, enfim, funções essenciais do

Estado.

Aplausos do CDS-PP.

E todos nos lembramos dos aeroportos com 1500 pessoas de transporte, das três autoestradas

Lisboa/Porto, da «festa» da Parque Escolar, das PPP, dos TGV… Todos percebemos o que nos conduziu ao

precipício de estarmos na bancarrota.

O Sr. Michael Seufert (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Por isso, até por causa disso, Srs. Deputados recomendava alguma

humildade democrática.

O Partido Socialista, até porque tem outro tipo de responsabilidades que outros partidos, previsivelmente,

não terão, sabe que esta é uma questão que não se resolve de um dia para o outro, como, de resto, o vosso

recém-eleito candidato a primeiro-ministro e próximo eleito secretário-geral disse numa entrevista, dada

recentemente, ao referir que «não há varinhas mágicas».

Não faço julgamentos de caráter político sobre ninguém e todos nós estaremos interessados em reduzir o

desemprego,…

O Sr. Michael Seufert (CDS-PP): — Como é evidente!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — … mas não me parece sério, do ponto de vista intelectual e do ponto

de vista político, estar a recusar factos, estar a recusar dados que são de instituições internacionais credíveis.

Que o desemprego diminui há 20 meses consecutivos, diminui; que já esteve em 17% e agora está em

13%, está; que houve criação líquida de emprego de 100 000 empregos no último ano, houve!

Protestos do PS, do PCP e do BE.

Se os senhores estão zangados com o País por razões eleitoralistas, esse é um problema vosso. Mas há

um País que também julgará a vossa irresponsabilidade de, perante uma situação difícil, preferirem os votos

às soluções dos problemas.

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