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I SÉRIE — NÚMERO 23

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Mas, neste Orçamento do Estado, há um outro artigo que marca a diferença e o critério desta política.

Trata-se do artigo que pretende perpetuar todas as medidas temporárias da troica, o artigo 239.º. Este artigo,

Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados, é a marca da natureza desta política. Os senhores querem perpetuar

todas as malfeitorias que fizeram nestes últimos três anos e é por isso que têm de ser responsabilizados e por

isso continuarão a enfrentar a nossa oposição.

Aplausos do PCP.

A Sr.ª Presidente: — Inscreve-se ainda o Sr. Deputado Michael Seufert, do CDS-PP.

Tem a palavra, Sr. Deputado.

O Sr. Michael Seufert (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Srs. Deputados, Sr. Deputado João Oliveira, referiu-

se às propostas da maioria como propostas que visam dar benefícios às empresas que os senhores servem.

Deixe-me dizer-lhe, muito claramente, Sr. Deputado, que posso só falar em meu nome de consciência

completamente tranquila, mas já o Sr. Deputado, que se senta numa bancada que durante 25 anos serviu um

regime estrangeiro, em que as pessoas eram presas por darem conta da sua opinião…

Protestos do PCP.

O Sr. António Filipe (PCP): — Tenha vergonha!

O Sr. Michael Seufert (CDS-PP): — Peço desculpa, mas se o senhor não quer ouvir considerações

políticas sobre a sua bancada, não faça considerações pessoais sobre as outras bancadas.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

O Sr. António Filipe (PCP): — Tenha vergonha!

O Sr. Michael Seufert (CDS-PP): — Se o senhor não quer ouvir considerações políticas sobre a sua

bancada, não faça considerações pessoais sobre os Deputados das outras bancadas.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

Protestos do PCP.

O Sr. António Filipe (PCP): — Tenha vergonha!

O Sr. Michael Seufert (CDS-PP): — Sr. Deputado, sei que custa estar num Parlamento em que há

opiniões diferentes das do Partido Comunista Português, mas também se fez o 25 de novembro por causa

disso!

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

Protestos do PCP.

Eu sei, Sr. Deputado, que o 25 de novembro é uma data que custa ao Partido Comunista Português! Eu sei

disso, Sr. Deputado, mas foi isso que permitiu que pudesse haver partidos nesta Casa que não fossem

comunistas.

Gostava de lhe dizer, Sr. Deputado, que a quantificação que o Partido Comunista faz das receitas de

impostos que cria é, em muitos casos, infelizmente, fictícia. O Sr. Deputado pode inventar impostos,

nomeadamente sobre as empresas, mas essas receitas que os senhores arbitram em 5 mil milhões de euros,

como é evidente só existem durante um dia porque, no dia seguinte, as empresas dizem «se calhar, fazemos

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