O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 24

26

Por exemplo, a fiscalidade verde não está associada a qualquer política ambiental; está associada ao

financiamento da reforma do IRS e, como disse a Sr.ª Ministra das Finanças, se há neutralidade fiscal, não

pode haver alívio de impostos neste Orçamento, Sr. Deputado Nuno Magalhães. Portanto, falemos verdade!

Vozes do PS: — Exatamente!

O Sr. João Galamba (PS): — Mas o problema não é só o de as famílias portuguesas, como um todo, não

irem pagar menos impostos, mas o de esta proposta, no modo como foi apresentada, ser regressiva.

O Sr. Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais: — Não é verdade!

O Sr. João Galamba (PS): — O Partido Socialista quer apoiar as famílias, mas quer apoiar as famílias de

ricos e pobres da mesma maneira, não quer apoiar as famílias de ricos, que é o que faz esta reforma.

Protestos do CDS-PP.

Porque, Sr. Deputado Nuno Magalhães, da forma como o coeficiente familiar está apresentado, resulta que

as deduções de despesas de saúde e de educação são regressivas, porque estão indexadas à despesa.

Assim, quanto mais despesa for feita, maior é o benefício. Portanto, esta reforma beneficia as famílias, sim,

mas beneficia tanto mais quanto mais dinheiro elas tiverem.

Sr. Deputado e, já agora, Sr. Secretário de Estado, pergunto: há ou não medidas de apoio à família que

impedem esta regressividade? É ou não possível impor deduções fixas que tratem filhos de ricos e de pobres

da mesma maneira?

O Sr. Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais: — Está na proposta de lei!

O Sr. João Galamba (PS): — Por que é que não o fez?

A terminar, refiro o seguinte: num debate de televisão, o Sr. Secretário de Estado disse uma grande

verdade. Quando foi confrontado com a regressividade das suas propostas, o Sr. Secretário de Estado disse o

seguinte: «Nós impusemos limites a essa regressividade». Sr. Secretário de Estado, impor limites à

regressividade não é acabar com a regressividade, é confirmá-la!

Mesmo a terminar, Sr. Secretário de Estado, direi o seguinte: este é um debate da maior importância

porque o IRS é, de facto, o imposto central na vida dos portugueses, mas não é uma forma séria de tratar este

debate impor — e a maioria irá fazê-lo! — que as propostas de alteração sejam apresentadas até segunda-

feira e a votação na especialidade ocorra na quarta-feira.

Se o Sr. Secretário de Estado e esta maioria querem ter um debate sério sobre o IRS, o Partido Socialista

desafia-o a apresentar outra proposta, porque não se faz um debate destes em três dias.

Aplausos do PS.

A Sr.ª Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais.

O Sr. Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais: — Sr.ª Presidente, gostaria de começar por dizer que

este dia é, de facto, um dia histórico neste Parlamento, porque discutimos hoje, pela primeira vez, uma

reforma do IRS que introduz o quociente familiar e que permite às famílias com filhos um alívio significativo da

tributação. E este, Sr. Deputado João Galamba, é um facto que foi introduzido por este Governo.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Na verdade, a reforma do IRS proposta por este Governo permitirá uma redução significativa da tributação

das famílias com filhos ou com avós a cargo. E, relativamente a essa matéria, gostaria de responder de uma

Páginas Relacionadas
Página 0019:
27 DE NOVEMBRO DE 2014 19 A Sr.ª Presidente: — Insisto em pedir aos Srs. Dep
Pág.Página 19
Página 0020:
I SÉRIE — NÚMERO 24 20 O Sr. Secretário de Estado dos Assuntos Fiscai
Pág.Página 20
Página 0021:
27 DE NOVEMBRO DE 2014 21 Aplausos do PSD e do CDS-PP. A Sr.ª
Pág.Página 21
Página 0022:
I SÉRIE — NÚMERO 24 22 A opção do Governo, de agravar a injustiça fis
Pág.Página 22
Página 0023:
27 DE NOVEMBRO DE 2014 23 A Sr.ª Elsa Cordeiro (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr. Secret
Pág.Página 23
Página 0024:
I SÉRIE — NÚMERO 24 24 O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — … e, por aqui
Pág.Página 24
Página 0025:
27 DE NOVEMBRO DE 2014 25 O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — E por falar em cl
Pág.Página 25
Página 0027:
27 DE NOVEMBRO DE 2014 27 forma absolutamente clara àquilo que me foi perguntado: e
Pág.Página 27
Página 0028:
I SÉRIE — NÚMERO 24 28 está, porventura, demasiado vinculado a uma co
Pág.Página 28
Página 0029:
27 DE NOVEMBRO DE 2014 29 E se é verdade que na reforma da fiscalidade verde se ava
Pág.Página 29
Página 0030:
I SÉRIE — NÚMERO 24 30 A Sr.ª Secretária de Estado dos Assunto
Pág.Página 30
Página 0031:
27 DE NOVEMBRO DE 2014 31 A Sr.ª Presidente: — A próxima pergunta cabe ao PC
Pág.Página 31
Página 0032:
I SÉRIE — NÚMERO 24 32 económico, social, financeiro e ambiental de c
Pág.Página 32
Página 0033:
27 DE NOVEMBRO DE 2014 33 É a isto que chama «reforma», Sr. Ministro, esquecendo-se
Pág.Página 33
Página 0034:
I SÉRIE — NÚMERO 24 34 O Sr. Ministro do Ambiente, Ordenamento do Ter
Pág.Página 34
Página 0035:
27 DE NOVEMBRO DE 2014 35 Aplausos do PSD e do CDS-PP. Mas, Srs. Depu
Pág.Página 35
Página 0036:
I SÉRIE — NÚMERO 24 36 Estas propostas do PCP afirmam a possibilidade
Pág.Página 36
Página 0037:
27 DE NOVEMBRO DE 2014 37 discursos tremendistas do PS dificilmente consegue acredi
Pág.Página 37
Página 0038:
I SÉRIE — NÚMERO 24 38 ambiente, poderia ser alcançado se os 165 milh
Pág.Página 38
Página 0039:
27 DE NOVEMBRO DE 2014 39 A Sr.ª Presidente: — Para responder, tem a palavra
Pág.Página 39
Página 0040:
I SÉRIE — NÚMERO 24 40 Imaginemos que o que o Governo fez, em 2013, f
Pág.Página 40
Página 0041:
27 DE NOVEMBRO DE 2014 41 algo curioso, que já disse noutras vezes: «o Bloco de Esq
Pág.Página 41
Página 0042:
I SÉRIE — NÚMERO 24 42 Mas, para os Deputados do PCP, que aqui fizera
Pág.Página 42
Página 0043:
27 DE NOVEMBRO DE 2014 43 Protestos do Deputado Paulo Sá. A Sr
Pág.Página 43
Página 0044:
I SÉRIE — NÚMERO 24 44 Eliminando a tributação das mais-valias result
Pág.Página 44
Página 0045:
27 DE NOVEMBRO DE 2014 45 A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, é melhor ouvi
Pág.Página 45
Página 0046:
I SÉRIE — NÚMERO 24 46 Isto significa que o IRS pago pelas famílias t
Pág.Página 46
Página 0047:
27 DE NOVEMBRO DE 2014 47 Aplausos do PS. A Sr.ª Presidente: — Para u
Pág.Página 47
Página 0048:
I SÉRIE — NÚMERO 24 48 impostos indiretos, que, ainda por cima, são i
Pág.Página 48
Página 0049:
27 DE NOVEMBRO DE 2014 49 Aplausos do PCP. A Sr.ª Presidente: — Para
Pág.Página 49