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I SÉRIE — NÚMERO 30

40

Tem a palavra o Sr. Deputado Ribeiro e Castro.

O Sr. JoséRibeiro e Castro (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, Sr.as

e Srs. Deputados:

Esta é a primeira reunião do Conselho Europeu depois de estarem completamente constituídos os postos

europeus para esta nova legislatura, nomeadamente a reunião presidida por Donald Tusk, com Juncker e

Mogherini, que é o trio do lado executivo da União Europeia, depois das eleições europeias de maio passado.

Esta é a primeira nota que queria registar aqui.

É importante que a próxima legislatura europeia consiga reconstruir a confiança dos cidadãos europeus no

projeto europeu. Esse é o voto que queremos fazer.

Sabemos que há uma grande deterioração, uma grande erosão dessa confiança e é muito importante que

as instituições da União Europeia (e os Estados-membros com ela) trabalhem no sentido da recuperação da

confiança. Como? Através da aproximação e envolvimento com os cidadãos, melhor funcionamento

democrático do ponto de vista institucional e capacidade de resposta efetiva às dificuldades e aos desafios

que os cidadãos sentem, nomeadamente do ponto de vista económico e também do ponto de vista da

segurança externa.

Em segundo lugar, não podemos deixar de assinalar que a União Europeia vai passar a ser presidida por

um polaco, e isso simboliza o fim de um ciclo que se abriu com a queda do Muro de Berlim há 25 anos.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. JoséRibeiro e Castro (CDS-PP): — Hoje, a Polónia não só é um membro de pleno direito da União

Europeia como preside à União Europeia e faríamos gosto, no CDS, que o Governo português transmitisse

estas felicitações ao Presidente polaco do Conselho Europeu. Ele é, portanto, além das qualidades pessoais

que tem, uma pessoa particularmente indicada para pilotar o diálogo externo na União Europeia em dois

dossiers importantes: o da Ucrânia e o da segurança energética.

Falei há pouco da queda do Muro. É muito importante que o Muro não tenha caído em Berlim para se

deslocar mais para leste e, hoje, sentimos que a crise na fronteira da Ucrânia tem de ser superada. Sabemos

que é um ponto que estará em discussão na agenda deste Conselho e esperamos que daí saiam sinais

positivos.

Em síntese, diria qual é a nossa perspetiva: nós não somos inimigos da Rússia, somos amigos da Rússia;

queremos ser os melhores amigos da Rússia, queremos que a Rússia seja amiga da Europa, seja a melhor

amiga da Europa, mas a Rússia tem de fazer por isso. Queremos que a Ucrânia e a Rússia sejam amigos e

trabalhar para isso e que a Rússia seja amiga da Ucrânia da Ucrânia, que é diferente de ser possuidora da

Ucrânia, direta ou indiretamente, ou possuidora de partes da Ucrânia, como infelizmente ainda acontece.

É, portanto, importante que as relações com a Rússia possam evoluir no caminho da paz e, também, da

confiança.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. JoséRibeiro e Castro (CDS-PP): — Esta reunião do Conselho ocorre com dois sinais: um, de

esperança, e um, de preocupação. O de preocupação, já aqui evocado pelo Sr. Primeiro-Ministro e que eu

queria também recordar, tem a ver com o que se passa na Grécia nesta altura.

Já nesta semana tivemos sinais — passe o pleonasmo — muito significativos do que acontece quando se

deteriora a confiança no futuro num país da zona euro. Sopra um vento da banda esquerda e deterioram-se as

condições de crédito, deterioram-se as condições de confiança.

A oposição não gosta de ouvir isto, mas é a verdade. Nós sabemos um pouco como tudo isto começou em

2010. Quem é que paga se houver menos confiança? Quem paga é o «mexilhão»! Quem é que paga se

houver menos investimento? Quem paga é o «mexilhão»! Quem é que paga se houver juros mais altos no

financiamento de finanças públicas desequilibradas? Quem paga é o «mexilhão»! Quem é que paga se voltar

a quebrar o crescimento? Quem paga é o «mexilhão»!

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