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13 DE DEZEMBRO DE 2014

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O sinal da Grécia é também um sinal para nós próprios, que também teremos escolhas eleitorais em 2015,

e não nos podemos enganar na rota. A rota é a da recuperação e do crescimento, não é o regresso ao abismo

e à ruína.

Quanto à esperança, o pacote de investimento acarreta ainda muita nebulosidade, muita incerteza — o Sr.

Primeiro-Ministro já o referiu. Mas é extraordinário que a Comissão, em tão pouco tempo, tenha preparado

este plano e dê já um sinal claro do caminho de aposta no investimento, sem ignorar dois outros pilares

fundamentais da equação: a continuação das reformas estruturais e a continuação da responsabilidade

orçamental. Nada é possível sem continuarmos com estes dois pilares.

É, de facto, muito importante o plano de 315 000 milhões de euros de investimento; e creio que seria

importante que trabalhássemos para o articular com outros dossiers, nomeadamente o das interconexões

elétricas transpirenaicas, em que o Governo português teve grandes triunfos na última reunião do Conselho.

Era muito importante — aliás, a união energética está no plano — que boa parte desses fundos, não só em

Portugal, mas também em Espanha e em França, fossem aplicados para fazer avanços significativos, neste

próximo triénio, na questão essencial das ligações portuguesas e espanholas à rede elétrica europeia.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

A Sr.ª Presidente: — A próxima intervenção é do PSD.

Tem a palavra o Sr. Deputado António Rodrigues.

O Sr. António Rodrigues (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, Srs. Membros do Governo, Sr.as

Deputadas, Srs. Deputados: Todos nós temos acompanhado a crise na Europa dos últimos anos, todos nós

temos manifestado a nossa preocupação com essa matéria e, pela primeira vez, agora que temos o novo

quadro orgânico da Europa completo, temos uma nova expressão que podemos associar a esta nova

organização europeia, que é a ambição.

Julgo que resulta claro, pela primeira entrada do Presidente da Comissão Europeia, pela Comissão

Europeia no seu todo, quer numa dimensão mais próxima de um partido, quer pela dimensão dos outros

partidos que dela fazem parte, que há uma clara ambição dentro da Comissão Europeia. Uma ambição

realista, tal como a que o Governo português tem demonstrado; uma ambição que não quer, de repente, deitar

para as costas tudo o que recuperou nos últimos cinco anos; uma ambição que demonstra vontade de crescer,

de consolidar, de criar emprego, de modificar as condições e, fundamentalmente e mais importante do que

tudo, de afastar o espetro dos radicalismos, quer à esquerda, quer à direita, que têm populado por toda a

Europa nos últimos anos.

A única forma de lutarmos pela Europa e pelo seu crescimento é se formos positivos, ambiciosos, claros e

tivermos objetivos. Julgo que foi isso que começou com o chamado «plano Juncker».

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. António Rodrigues (PSD): — O plano Juncker demonstrou a locação de verbas, uma estratégia,

objetivos claros e, mais do que isso, convocou instituições europeias, como a Comissão Europeia, o Banco

Central Europeu, o Banco Europeu de Investimento, Estados-membros, agentes privados, agentes públicos,

para um conjunto de investimentos que a Europa precisa para crescer e para criar emprego sem entrar em

loucuras e sem desregular tudo o que andou a construir no passado.

Esta ambição manifesta-se, não só neste plano, mas na atitude que o Governo português tem

demonstrado. Foram apresentados 100 projetos, foram 16 000 milhões de investimento. É irrelevante se são

projetos novos ou se são projetos que já estavam em marcha. Tal só demonstra que já havia estratégia,

continua a haver estratégia, continua a haver objetivos, continua a apontar-se para este objetivo de crescer, de

criar emprego, de desenvolver. Se fizermos isto, ou seja, se crescermos, se desenvolvermos, se criarmos

emprego, não há extrema-direita, nem extrema-esquerda, que suba, que cresça, que destrua a Europa e o

nosso objetivo comum, que é construirmos um futuro com 28 Estados.

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