O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 30

48

mas também associar esses mesmos direitos de Israel ao reconhecimento de Israel do direito a um Estado

Palestiniano soberano, democrático, nos termos do direito internacional e das resoluções da ONU.

É o que esperamos, é o que desejamos.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

A Sr.ª Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado António Rodrigues.

O Sr. António Rodrigues (PSD): — Sr.ª Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as

e Srs. Deputados:

Começo por apresentar os meus cumprimentos aos Srs. Embaixadores aqui presentes, dirigindo-lhes uma

saudação muito especial.

Não quero dizer que este seja um momento histórico na Assembleia da República, porque histórico será

darmos o nosso contributo e podermos dizer que contribuímos para a paz naqueles territórios. Esta não é uma

declaração unilateral, esta não é uma situação em que queremos tomar parte por um dos lados, esta é uma

declaração em que dizemos que é preciso encontrar uma solução para aqueles dois territórios para que povos

possam coexistir no mesmo espaço, para que possam viver, para que deixemos de falar de guerra, para que

deixemos de falar de mortos, para que deixemos de falar de destruição e que, como seguramente todos

querem nesta Sala, deixemos de falar daqueles territórios e que passemos a falar da resolução de outros

problemas pelo mundo fora.

Queremos dar aqui o nosso contributo e queremos acabar com alguns mitos. Esta não é uma questão de

direita ou de esquerda, esta não é uma questão de uns que estão contra e de outros que estão a favor, esta é

uma questão em relação à qual, como representantes do povo português, mas também como responsáveis da

comunidade internacional, queremos dizer à comunidade internacional que basta de conflito, que basta de

guerra, que basta de armas, que basta daquilo que é demais. É que aquilo que tem acontecido nos últimos 40

anos é dizerem-nos que vamos ter negociações, mas não há resultados; que vamos ter paz, mas não temos;

que vamos ter moderação, e continuamos sem ela.

Dizemo-lo para que possam levar a mensagem aos vossos povos e aos vossos representantes, mas

também dizemos daqui ao povo português que temos consciência das nossas responsabilidades.

Nós queremos, em conjunto com os nossos parceiros da União Europeia, contribuir para que ali se

encontre o objetivo mais importante, que é a paz. Acabe-se com a guerra, acabe-se com a morte, comecemos

nós a construir. Damos esta mensagem para o mundo e pedimos ao Governo que se associe a nós, pedimos

ao Governo que em conjunto com outros governos o faça, tal como nós o conseguimos fazer aqui com o

Partido Socialista e com o CDS. E estou convicto que temos a maioria do povo português connosco, pois a

mensagem que queremos passar é a de que é preciso acabar de uma vez por todas com aquele conflito.

Queremos que ali coexistam dois povos, dois territórios, duas nações que possam assumir as suas

fronteiras, as suas responsabilidades. Não nos pronunciamos sobre as fronteiras, não nos pronunciamos

sobre as coisas em concreto, isso não nos cabe a nós, cabe àqueles que são os representantes daqueles

povos, mas é preciso, ao fim das dezenas de anos, que acabemos de uma vez por todas de nos atirarmos uns

contra os outros e que digamos todos em conjunto que é o momento de também ali acabarmos com o conflito,

com a guerra, com a mutilação, com a violação dos direitos humanos.

Portugal tem uma responsabilidade acrescida: a partir de janeiro assume a Presidência da Comissão dos

Direitos Humanos, em boa hora. Também aí teremos, de lado a lado, de parte a parte, terminando com os

mitos, de contribuir para que ali acabem os conflitos e para que também ali só haja no fim uma palavra.

Sabemos que é difícil encontrar essa palavra, temos a consciência de que é muito difícil, mas que acabe o

ódio, que acabe a guerra e que a única palavra que subsista no fim seja a paz, a coexistência pacífica e o

respeito pelos direitos humanos de todos os que vivem naqueles territórios.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado José Luís Ferreira.

Páginas Relacionadas
Página 0053:
13 DE DEZEMBRO DE 2014 53 Votamos, agora, os n.os 3 e 4 do projeto de
Pág.Página 53