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29 DE JANEIRO DE 2015

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O Sr. Vieira da Silva (PS): — Se o mecanismo do quantitative easing tivesse sido utilizado no tempo certo,

como foi noutras zonas do mundo, não estaríamos hoje a utilizá-lo tarde, para responder a um problema como

é o problema da deflação.

Aplausos do PS.

Isso foi ao que os senhores sempre se opuseram. Era uma espécie de lugar sagrado, o BCE não se podia

meter nisso porque até podia levar a guerras.

Se o BCE tivesse tido a intervenção que muitos defenderam — ou que alguns defenderam — nos idos

2010 ou 2011, a Europa teria poupado milhões de postos de trabalho. Essa é a realidade.

O Sr. Ferro Rodrigues (PS): — Exatamente!

O Sr. Vieira da Silva (PS): — Sr. Deputado, não vou entrar aqui nas opções eleitorais e de coligações do

Syriza. Esse é um problema do Syriza, não me parece muito importante, nem sequer muito curial estar, nesta

fase, ainda por cima, a comentá-las ou a criticá-las.

Contudo, direi com toda a clareza que quando citei os resultados das eleições gregas não foi para me

congratular pela vitória do Syriza, que não é da minha família política — não é, nem será! —, foi apenas para

salientar aquilo que foi claro. Foi para salientar, depois destes anos todos, depois dos tais resgates e depois

de políticas conduzidas por partidos da sua família política, Sr. Deputado Ribeiro e Castro, e da minha, que os

eleitores gregos disseram que não, que este caminho não conduzia a nada.

Se a Europa não entender esse sinal, não estará à altura das responsabilidades históricas deste momento

tão difícil para a situação europeia.

Sr.ª Deputada Paula Santos, o Partido Socialista estará sempre do lado dos interesses nacionais, das

portuguesas e dos portugueses, na defesa da participação de Portugal na União Europeia, na união monetária

e na moeda única.

Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. Vieira da Silva (PS): — Sabemos que este não é um caminho fácil, porque se cometeram

demasiados erros na condução da política europeia e poucos estão isentos na avaliação das

responsabilidades perante esses erros.

Quando falo de compromissos, esclareço-a, Sr.ª Deputada, falo de compromissos no espaço europeu,

porque resolver o problema criado pelos resultados eleitorais gregos não é um problema da Comissão

Europeia, ou do Conselho Europeu, e da Grécia. É um problema da União Europeia e os compromissos têm

que ser construídos no espaço da União Europeia e no espaço da moeda única, com resposta aos problemas

de todos os países da moeda única, porque os riscos, hoje, para a Europa são riscos para a zona euro.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Faça favor de terminar, Sr. Deputado.

O Sr. Vieira da Silva (PS): — Os riscos de deflação são riscos para a Europa, mas são mais fortes e mais

pesados para os países da chamada «periferia», para os países do sul da Europa.

É por isso mesmo que o compromisso tem que ser construído com base naquilo que são os fundamentos

da União Europeia, fundamentos de coesão e de solidariedade, para impedir esta deriva tremenda para a

desigualdade e para as assimetrias.

Na resposta a esses compromissos terá de haver, necessariamente, um olhar que veja e que responda aos

problemas da dívida pública.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para uma declaração política, tem a palavra a Sr.ª Deputada Vera

Rodrigues.

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