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29 DE JANEIRO DE 2015

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Sr. Presidente, Srs. Deputados: É certo que temos muito para fazer. É certo que temos dificuldades a

ultrapassar e desafios a vencer.

O PS e a oposição dizem que o mérito da retoma é do Tribunal Constitucional. Nós dizemos que o mérito

da retoma é de todos os portugueses — dos que trabalham, dos que investem, dos que se esforçam, dos que

suportaram sacrifícios.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

Nós não o negamos, não branqueamos o passado, ao contrário daquilo que era a prática de outros.

Assumimos a trajetória difícil que tivemos que fazer e que começou com um ponto de partida negro,

temível e ameaçador, mas que é bom lembrar, quantas vezes for preciso, que não foi definido por nós, que

não foi escolhido por nós…

O Sr. Jorge Fão (PS): — Foi, foi!

A Sr.ª Vera Rodrigues (CDS-PP): — … e que foi sendo, sim, transformado aos poucos, por nós, por todos

os portugueses ao longo do tempo.

Mas, no fim do período de regate e da perda de soberania, agora que recuperámos a nossa soberania, o

que tem hoje a oposição a dizer aos verdadeiros obreiros, aos cidadãos anónimos que conquistaram todas

estas vitórias e que conseguiram a retoma económica do País?

O que tem a oposição a dizer aos milhares de novas empresas que foram criadas em 2014? Aos que

investiram nelas, aos que arriscaram, aos trabalhadores que todos os dias as empurram para a frente e que

todos os dias lutam, trabalham, se empenham e vencem com elas?

Pouco ou nada. A oposição fica enredada na retórica partidária e nas falhas de previsão, no discurso pré-

eleitoral.

É importante que fique claro, sobretudo para o partido que tem a ambição de vir a ser governo, que, de

facto, este País não se governa com silêncios.

Gostávamos, por isso, que o PS viesse a jogo. Gostávamos de ouvir de uma vez por todas o que quer

fazer este Partido Socialista do nosso País, o que quer fazer deste País, independentemente dos ventos mais

ou menos favoráveis que soprem da Europa.

Mas, se o PS se reserva ao silêncio, nós dizemos ao que vimos e dizemos aquilo que não queremos: não

queremos mais dívida, não queremos mais despesa, não queremos mais défice, não queremos mais TGV,

não queremos mais aeroportos, não queremos mais terceiras travessias. Queremos ter os pés assentes na

terra e os olhos postos num futuro, mas sem mais sobressaltos.

Termino, Sr. Presidente,…

O Sr. João Galamba (PS): — Ainda bem!

A Sr.ª Vera Rodrigues (CDS-PP): — … dizendo o seguinte: as promessas do «tudo, para todos,

gratuitamente» não passam de utopias da esquerda radical, que o Partido Socialista parece querer agora

seguir de perto. Perigosamente perto, diria.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — A Mesa registou dois pedidos de esclarecimento. A Sr.ª Deputada

informará a Mesa se pretende responder individualmente ou em conjunto.

Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado João Galamba.

O Sr. João Galamba (PS): — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada Vera Rodrigues, tenho todo o gosto em ir a

jogo, mas só posso ir a jogo com alguém que desça do planeta Marte e aterre com os pés no planeta Terra.

Sr.ª Deputada, esse seu discurso pré-eleitoral chega a ser insultuoso, mas antes disso é factualmente

incorreto, porque a Sr.ª Deputada vem aqui dizer que todos os indicadores de confiança estão a aumentar,

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