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29 DE JANEIRO DE 2015

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Não sabemos se, no futuro, parte dessa manutenção poderá ser feita, porque algum equipamento foi

investido através de offsets no Arsenal do Alfeite. Também já tinha dito isto há dois anos.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Faça favor de terminar.

O Sr. João Rebelo (CDS-PP): — Vou terminar, Sr. Presidente.

O desejável seria que parte dessa manutenção fosse feita, obviamente, nos Estaleiros.

O estatuto atual pode servir, se for potenciado, os trabalhadores, a Marinha, o Arsenal do Alfeite e o

concelho de Almada.

Sr. Presidente, termino — esqueci-me de o fazer no início —, saudando a presença nas galerias do Sr.

Presidente da Câmara Municipal de Almada e das pessoas que o acompanham.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Heloísa

Apolónia.

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Sr. Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Para não cair no mesmo

erro, começo, justamente, pelos cumprimentos.

Em nome do Grupo Parlamentar «Os Verdes», cumprimento todos os arsenalistas e também o Sr.

Presidente da Câmara de Almada, que teve interesse em assistir a esta discussão tão relevante para o

concelho de Almada.

Queria começar por dizer o que, enfim, todos sabemos. Somos um País de mar, e um País de mar não

deve, nem pode, desvalorizar a sua indústria naval e não pode desvalorizar a sua capacidade de construir e

de reparar navios.

Ocorre que o que temos vindo a assistir, ao longo dos anos, num caminho de desmantelamento de

empresas tão significativas como os Estaleiros Navais de Viana do Castelo e o Arsenal do Alfeite, deixa-nos,

obviamente, uma enormíssima margem de preocupação e demonstra que os Governos não têm tido uma

visão estratégica relativamente a esta matéria e à nossa ligação ao mar também por esta via.

Outra nota que gostaria de deixar prende-se com os trabalhadores do Arsenal. Todos sabemos que têm um

know-how que não pode ser ignorado nem tão pouco desperdiçado. Ora, darmo-nos ao luxo de dispensar

trabalhadores, seja por via da mobilidade, seja por via da pré-reforma, seja por que via for, é um erro

estratégico para o País. A formação destes e de outros trabalhadores seria, na nossa perspetiva, um

investimento produtivo para o País, caso se faça o que é fundamental: investir significativamente e com uma

visão estratégica nesta indústria.

Também gostaria de relembrar que alguns Srs. Deputados consideravam que a empresarialização do

Arsenal, a criação da «SA» e a sua integração na EMPORDEF era um mar de rosas. Diziam que vinham aí

novos mercados, novos clientes, mas essa maravilha não se verificou. Normalmente, apregoa-se essa

publicidade para tantos setores e depois nada se verifica assim. Ou seja, já assistimos à destruição de vários

setores, em que prometeram ilusões que nunca se concretizaram. Portanto, esta é, talvez, uma advertência

que aqui deixamos.

Por último, consideramos que o Arsenal do Alfeite não pode ser desligado da Marinha, ao contrário do que

admitiram vários Srs. Deputados nas suas intervenções. O Arsenal nasceu para a Marinha, é especializado na

Marinha, a Marinha precisa dele e é na Marinha que deve ser reintegrado.

Já agora, permitam-me uma nota muito especial para o Sr. Deputado João Rebelo: se estamos

preocupados com os estatutos e até com o posicionamento ou com a situação dos trabalhadores, nada como

envolver direta e profundamente os trabalhadores nas decisões. Fica o caso resolvido sempre de uma forma

mais positiva.

Vozes do PCP: — Muito bem!

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