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I SÉRIE — NÚMERO 76

36

Saúdo o facto de o Partido Socialista ter apresentado as suas ideias, antes de vos dizer que a sua leitura

está mais próxima de um programa de instabilidade do que de um programa de estabilidade. Em todo o caso,

é próprio de uma democracia transparente a comparação entre modelos e políticas e é atributo de uma

cidadania ativa poder debater os fins, os meios, as contas e os resultados.

Começaria por dizer que o plano, algo miraculoso, do Partido Socialista só é, em si mesmo, apresentável,

porque o ponto de partida é bem melhor do que o Partido Socialista, alguma vez, admitiu.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Não quero ser injusto e devo, por isso, uma correção. O que o Dr. António Costa disse, e bem, aos

chineses acaba por confessar agora aos portugueses: superámos a bancarrota de 2011 e superámos a

recessão logo no início de 2014.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

As opções que temos pela frente já não são entre o mau e o péssimo, são entre uma recuperação segura e

um risco muito sério de uma nova derrapagem.

Há um segundo comentário que precisa de ser feito, no momento em que o Partido Socialista põe as cartas

na mesa. Sempre me pareceu estranho por que é que o novo Secretário-Geral do Partido Socialista, com a

legitimidade alargada que lhe deram as eleições primárias, não se apresentou ao País reconhecendo que o

Governo do PS cometeu erros que conduziram à chamada da troica, à política de austeridade e às suas

dolorosas consequências, como quem diz: «Aprendemos a lição e oferecemos garantia de que não

repetiremos esses erros».

A razão profunda encontra-se no plano ontem apresentado. O PS dispõe-se a aumentar de novo o défice, a

desprezar outra vez a dívida. O PS volta a acreditar que o crescimento se faz, essencialmente, pelo

investimento público e pelo consumo. O PS ignora a competitividade laboral e fiscal como se fosse possível

ignorar o mundo à nossa volta. O PS entrega-se e entrega o País nas mãos de despesas garantidas e receitas

meramente eventuais.

O modelo é demasiado parecido com o que levou à ilusão de 2009 e à tragédia de 2011.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Recordam-se que, no fito de ganhar as eleições de 2009, o PS prometeu o «bodo» a muitos, por exemplo

aos funcionários públicos. Depois do voto é que foram elas: congelamentos e cortes que só este ano

começam a ser removidos.

E 2011 tem ainda factos demasiados recentes. Os portugueses lembram-se bem da negação, até à

véspera, de uma dívida monstruosa e de um défice assustador

Na ausência de uma retificação iluminante e com humildade, mas também com coragem, como não

desconfiar do plano que o PS apresentou ontem, se o défice volta a disparar e a dívida fica 10 pontos acima

do que o Governo, com realismo, pode propor ao País?!

Talvez algum mago eleitoral do PS tenha convencido o partido de que os portugueses não ligam ao défice

nem à dívida. Creio que é não perceber o que aconteceu na sociedade portuguesa, nos últimos anos.

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Muito bem!

O Sr. Vice-Primeiro-Ministro: — Os portugueses pagaram caríssimo, em impostos e desemprego, o

escasso rigor no défice e o enorme endividamento do Estado. Voltar às mesmas causas para viver as mesmas

dores não é uma opção razoável.

Façamos a comparação do que os modelos do Governo e do PS garantem, ou não.

O Sr. Eduardo Cabrita (PS): — Modelo do Governo?!

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