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I SÉRIE — NÚMERO 98

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A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Sr. Deputado Bruno Dias, peço muita desculpa, mas não me

apercebi que o Sr. Deputado Hélder Amaral também estava a pedir a palavra para, imagino, uma interpelação

à Mesa.

Tem a palavra, Sr. Deputado Hélder Amaral.

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, é exatamente para uma interpelação à Mesa, nos

mesmos termos do Partido Socialista.

Queria dizer que estou preocupado com a TAP e com o seu futuro e que ouvi com muita atenção a

intervenção que o Sr. Secretário de Estado fez ontem no briefing e os valores que citei foram valores referidos

nesse briefing.

Pensava eu que o Partido Socialista, também preocupado com o futuro e com a situação da TAP, estivesse

atento ao briefing do Governo. Já percebi que não!

Era só esta a explicação que queria dar.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

A Sr.ª Secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade (Teresa Morais): — Manobra

dilatória!

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Sr. Deputado Bruno Dias, faça favor de continuar a sua intervenção.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Sr.ª Presidente, depois desta pseudointerpelação completamente escusada,

vou agora intervir na minha vez, se me permite.

Vozes do PCP: — Muito bem!

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Penso que nesta altura da discussão importa retificar uma coisa que foi

falsamente dita por Srs. Deputados da maioria. Os senhores disseram que a TAP foi privatizada, mas não foi.

A TAP não foi privatizada, foi anunciada uma decisão sobre o senhor americano a quem o Governo quer

vender a TAP. A TAP não foi vendida! Há certas coisas que estão a acontecer e, até ela ser vendida, há

coisas que ainda irão acontecer. Vamos ver com que legalidade e com que regularidade. Vamos ver!

Mas, neste momento, a TAP é pública e este processo pode parar. Pode parar hoje, pode parar amanhã! A

qualquer momento pode haver um assomo de brio patriótico neste País que permita que a TAP não seja

vendida desta forma escandalosa e criminosa como está a ser.

Estamos, de facto, perante a oportunidade, não apenas de travar este processo, como até de reverter este

negócio escandaloso e ruinoso para o País, para o Estado, para a economia, para a soberania. Não estamos

condenados a isto, Srs. Deputados! O País não está condenado a estas opções, o País não está condenado a

esta política! A política não tem de ser esta, porque, quando ouvimos o Sr. Secretário de Estado dizer que é

nestas alturas que se vê o verdadeiro ADN dos governos, é verdade! É em alturas como esta que ficamos a

perceber exatamente ao serviço de quem é que está o poder político quando decide a venda da TAP por 10

milhões de euros.

Protestos do PSD e do CDS-PP.

Nós dizemos: a vida não tem de ser assim, a política não tem de ser esta e o povo já noutras ocasiões teve

uma palavra a dizer sobre a história e o futuro deste País e sobre a vida da Companhia. A TAP não tem 10

anos, Srs. Deputados!

Protestos do PSD e do CDS-PP.

Apesar da vossa gritaria, a TAP não tem 10 anos, tem 70! A TAP tem 70 anos! Já foi privatizada por um

governo fascista!

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