I SÉRIE — NÚMERO 101
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Vozes do PSD: — Muito bem!
O Sr. Primeiro-Ministro: — Isso significa que Portugal, apesar da crise, conseguiu melhorar na forma
como integra os imigrantes residentes em Portugal.
Conheceremos no final da próxima semana os dados deste relatório com todo o detalhe, o qual será
apresentado em Bruxelas, mas julgo que estes primeiros, que foram já revelados, mostram que Portugal não
inverteu políticas importantes de uma sociedade cosmopolita e aberta, onde se vivem com equilíbrio políticas
de resposta às necessidades internas mas também de acolhimento e integração daqueles que nos procuram,
tratando-se de um facto que merece ser sublinhado, tanto mais que a nossa melhoria nestes quatro anos se
deveu, também, em grande medida, às medidas adotadas contra a discriminação e a violência doméstica.
Creio, portanto, que o País está de parabéns por ter conseguido, apesar da crise, melhorar as suas
políticas de integração.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
Como tive já ocasião de referir publicamente, agora, que o pior da crise está ultrapassado, está na altura de
nos prepararmos para fazer um acolhimento mais significativo de pessoas que precisam de ser realojadas ou
reinstaladas, seja ao nível da política de asilo ou da imigração, ao mesmo tempo que devemos começar a
preparar-nos para acolher todos aqueles que, sendo portugueses, procuraram outras economias para
poderem obter resposta ao nível da empregabilidade. Está na altura, portanto, de começarmos a preparar as
nossas estruturas e as nossas políticas para alargar o acolhimento a imigrantes, mas também para voltar a
acolher aqueles que, sendo portugueses, começam hoje a ver melhores condições para regressarem à
economia portuguesa e a Portugal.
Em segundo lugar, quero destacar um conjunto de indicadores que se têm vindo a acumular e que me
parecem ser significativos, sobretudo na fase que estamos a viver.
Temos reparado, do lado da economia, num conjunto de indicadores que vêm melhorando o desempenho
macroeconómico do País. Sabemos que o investimento está a crescer, que, no âmbito da procura interna, foi
dos elementos que mostrou maior dinamismo, e que os dados do 1.º trimestre evidenciam que as exportações
líquidas voltaram a dar um contributo positivo para o crescimento. Sabendo nós que uma parte significativa
das importações se destinam também a bens de investimento, isto significa que podemos estar num novo
ciclo, não vicioso, mas virtuoso, do nosso crescimento e da nossa retoma económica.
Vozes do PSD: — Muito bem!
O Sr. Primeiro-Ministro: — Essa é a razão por que os dados mostram o crescimento da economia e não
uma involução para aspetos recessivos, pelo contrário, estamos a consolidar o crescimento da economia e —
sabemo-lo também — estamos a crescer do ponto de vista do emprego, o que é significativo, porque relativiza
a discussão que tem sido travada em torno da explicação sobre a baixa da taxa de desemprego.
Vozes do PSD e do CDS-PP: — Muito bem!
O Sr. Primeiro-Ministro: — Não sobram, portanto, dúvidas de que temos vindo a melhorar, e a melhorar
significativamente, do ponto de vista do emprego. E fomos mesmo, em termos de União Europeia e de zona
euro, o segundo País a exibir uma taxa maior de crescimento do emprego.
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito bem!
O Sr. Primeiro-Ministro: — Creio que estes são aspetos importantes que temos de sublinhar.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.