I SÉRIE — NÚMERO 105
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A Sr.ª Nilza de Sena (PSD): — Há, aliás, instituições que são exemplo daquilo que estou a dizer e dou um
exemplo concreto: o Hospital de Anadia foi entregue à Misericórdia há cerca de seis meses e já é possível
fazer um balanço destes seis meses e o balanço é positivo. O hospital não perdeu capacidades, abriu novas
valências, realizou investimentos e tem consultas abertas sete dias por semana até às 22 horas.
Vozes do PSD: — É verdade!
A Sr.ª Nilza de Sena (PSD): — E, mais, Sr.as
e Srs. Deputados, não houve despedimentos. Ouviram bem:
não houve despedimentos!
Vozes do PSD: — É verdade!
A Sr.ª Nilza de Sena (PSD): — Os funcionários que quiseram ficar, ficaram no hospital mantendo vínculo
ao Estado; os funcionários que quiseram sair continuam a estar integrados noutros serviços do Estado.
Portanto, Sr.as
e Srs. Deputados, o que é que está aqui em causa? Resume-se tudo a uma coisa muito
simples: nada está decidido! Depois, não há qualquer razão para preocupações; as populações, a haver uma
eventual transferência, não ficarão em risco, os cuidados de saúde não serão reduzidos, o serviço de
qualidade mantém-se e é isso que importa.
Uma última nota para responder ao Sr. Deputado Mário Ruivo: a autarquia não está contra, uma vez que
este serviço esteja assegurado.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para uma segunda e brevíssima intervenção, atendendo ao tempo
disponível, tem a palavra a Sr.ª Deputada Helena Pinto.
A Sr.ª Helena Pinto (BE): — Sr. Presidente, muito brevemente, porque estamos a chegar ao fim da
Legislatura e este assunto tem sido por vezes tratado, gostaria de dizer aos Srs. Deputados Paulo Almeida e
Nilza de Sena o seguinte: ponto 1, não há devolução nenhuma às misericórdias. Em primeiro, porque não lhes
foi tirado nada, segundo porque o Estado pagava renda pelo edifício.
Vozes do BE: — Muito bem! Bem lembrado!
A Sr.ª Helena Pinto (BE): — Segunda questão: um hospital não é um edifício — o Sr. Deputado Paulo
Almeida tem aí ao seu lado a Sr.ª Deputada Isabel Galriça Neto que lhe explicará —, é muito mais do que isso,
são os profissionais, são os equipamentos, é tudo isso. Já agora a pergunta tem de ser colocada: será que a
Misericórdia vai devolver os 3,5 milhões que o Estado lá investiu? Aí já não vai devolver, só compete ao
Estado.
Portanto, Srs. Deputados, seriedade e assumam de uma vez por todas o que se está a passar. Não vale a
pena misturar aqui o privado, o social, o público,…
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Faça favor de terminar.
A Sr.ª Helena Pinto (BE): — … estamos a falar do público e os senhores estão a retirar ao público para dar
ao privado.
Aplausos do BE.
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para uma rápida intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Rita
Rato.