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I SÉRIE — NÚMERO 108

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O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Sr.a Presidente, Sr. Primeiro-Ministro e Srs. Membros do Governo, Sr.

as

e Srs. Deputados: Este é o último debate do estado da Nação desta Legislatura. Por isso mesmo, mais do que

uma comparação, como temos feito sempre ano após ano com o debate do ano anterior, faz sentido hoje

fazermos uma avaliação, um balanço do que foi esta Legislatura e em que momento estamos em função

daquele que era o nosso ponto de partida — de uma Legislatura não, das últimas 24 horas, já agora —, da

que foi uma das Legislaturas mais exigentes, mais difíceis e mais complexas da democracia portuguesa, a

mais difícil mesmo, desde logo pelas circunstâncias em que a iniciámos, ou seja, em estado de pré-

bancarrota.

E a primeira responsabilidade de um governo, qualquer que fosse, perante uma situação que era de

tamanha urgência e de tamanha gravidade como aquela que encontrámos, era a de procurar, imperiosamente,

recuperar a credibilidade do País, para que Portugal voltasse a ser respeitado; a de garantir acesso ao crédito,

para assim poder voltar a financiar a nossa economia; e a de proteger o rendimento dos portugueses e evitar

que chegássemos a situações dramáticas, como seriam — e, Srs. Deputados, estivemos bem perto — o não

pagamento de pensões e de salários, a rutura de financiamento e o consequente encerramento dos bancos, o

não acesso aos depósitos e às poupanças de cada um dos portugueses. Foi exatamente isso que este

Governo conseguiu evitar.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

Hoje, podemos dizer que, se não conseguimos evitar os sacrifícios por que os portugueses tiveram de

passar, tal era a gravidade da situação, foi, ainda assim, possível evitar ruturas e proteger Portugal e os

portugueses dos piores cenários.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Vão às reformas das pessoas!

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Conseguimo-lo juntos, enquanto povo e enquanto nação, e é por isso

que hoje podemos olhar o futuro com mais confiança.

Hoje, é legítimo perguntar, em relação há quatro anos, se, precisamente enquanto povo e enquanto nação,

coletivamente, estamos ou não melhor do que há quatro anos. É a célebre pergunta reaganiana — digo

reaganiana de Ronald Reagan, 40.º Presidente dos Estados Unidos da América e 33.º Governador da

Califórnia.

Estamos ou não melhor do que há quatro anos? Os Srs. Deputados da oposição dizem que não, mas a

resposta é: sim!

Há quatro anos, Portugal não conseguia financiar-se, as taxas de juro tinham disparado e eram, em todos

os prazos, superiores a 11%. Hoje, temos taxas de juro de 2% a 3 % e, em alguns casos, são mesmo

negativas. Por isso, a resposta é: sim, estamos melhor do que há quatro anos!

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

Há quatro anos, o défice tinha disparado e era superior a 11%. Hoje, sabemos que o défice de 2015 ficará

abaixo dos 3%. Sim, estamos melhor do que estávamos há quatro anos!

Há quatro anos, a credibilidade era zero, ninguém emprestava um tostão a Portugal. Hoje, Portugal é

apontado como um exemplo em toda a Europa e em todo o mundo. Sim, estamos melhor do que há quatro

anos!

Há quatro anos, a economia tinha entrado em recessão: -2%. Hoje, a economia voltou a crescer e o que

estamos a discutir é se esse crescimento será de 1,6% ou superior a 2%. Sim, estamos melhor do que

estávamos há quatro anos!

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

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