O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 108

26

Protestos do PS.

A verdade, Sr.ª Deputada, é que havia, e muitas, e nós temos de promover o combate a essas

desigualdades. Mas não é verdade, Sr.ª Deputada, que seja a cortar pensões. Isso já aqui foi bem esclarecido

após o debate quinzenal.

Disse a Sr.ª Deputada que acumulámos 2000 milhões de euros de prejuízo com a venda do Novo Banco.

Deve estar bem informada, porque eu ainda não tenho nenhum resultado que possa ser imputado à venda do

Novo Banco. Não sei se a Sr.ª Deputada tem, mas eu não disponho desse resultado.

Porém, sei que aquilo que o Fundo de Resolução utilizou para capitalização deste Banco — que está a ser

vendido — não corresponde a um encargo dos contribuintes portugueses, corresponde a um encargo do

sistema financeiro português. Foi assim por definição que ele foi constituído.

Protestos da Deputada do BE Catarina Martins.

Não lhe dá jeito que seja assim? A Sr.ª Deputada preferia que fosse o dinheiro dos contribuintes a fazer

esse financiamento? Não foi, Sr.ª Deputada. O Fundo de Resolução é uma responsabilidade do sistema

financeiro português.

Protestos do BE.

Portanto, Sr.ª Deputada, o Estado é credor do financiamento que fez a esse Fundo de Resolução e a minha

expectativa é a de que os portugueses não sejam afetados por essa operação.

Agora, não posso jurar — já o disse aqui — que o sistema financeiro não venha a ter custos com isso, mas

só o saberemos quando a venda tiver sido concluída.

Mas é muito diferente o Estado nacionalizar ou o Estado, como a Sr.ª Deputada aqui tem defendido, tomar

conta da banca em Portugal para a gerir com os bons resultados que se conhecem do passado ou dizer que

não envolvemos o dinheiro dos contribuintes nessa exploração. Sr.ª Deputada, a resolução do BES foi feita

justamente para impedir que fosse o dinheiro dos contribuintes portugueses a pagar a má gestão desse banco.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Protestos do BE e do PCP.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Mas quem pagou foi o Estado!

A Sr.ª Presidente: — Tem, agora, a palavra a Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia.

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Sr.ª Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, de facto, não sei como é

que consigo chegar ao final da Legislatura ainda estupefacta com os discursos do Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Jorge Machado (PCP): — Exatamente!

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Repare bem: neste debate, houve uma parte muito engraçada

onde o Sr. Primeiro-Ministro decidiu falar das 10 pragas do PS. Pergunto-me por que é que o Sr. Primeiro-

Ministro decidiu esconder, na análise dessas pragas, que o PSD viabilizou três PEC (Programa de

Estabilidade e Crescimento) do Governo do PS, viabilizou os Orçamento do Estado do Governo do PS, votou

a nacionalização do BPN, assinou o acordo com a troica — aliás, assinaram os três, PS, PSD e CDS.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Exatamente!

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Ó Sr. Primeiro-Ministro, não o disse porquê? Para não chegar à

conclusão de que o PSD também é uma praga?!

Páginas Relacionadas
Página 0027:
9 DE JULHO DE 2015 27 Sr. Primeiro-Ministro, isto só demonstra que esta alternância
Pág.Página 27
Página 0028:
I SÉRIE — NÚMERO 108 28 O Sr. Bruno Dias (PCP): — É isso mesmo! <
Pág.Página 28