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9 DE JULHO DE 2015

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Coragem, Srs. Deputados, é sacrificarmo-nos hoje para que os nossos filhos tenham um futuro melhor. É

dessa coragem que nós fomos formados.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

Coragem, Srs. Deputados, não é ser-se rebelde quando a situação e os tempos o que nos exigiam era

responsabilidade, a responsabilidade de proteger os nossos. Foi o que fizemos no Governo, foi o que fizemos

nesta maioria. Foi dessa coragem que precisámos e foi essa coragem que não nos faltou ao longo destes

quatro anos.

Sr. Primeiro-Ministro, num dos primeiros debates que aqui fiz disse-lhe nessa altura que o que pedíamos

ao Governo era determinação e que o que tínhamos para oferecer era lealdade.

Hoje, Sr. Primeiro-Ministro, quero dizer-lhe que a V. Ex.ª, e ao Governo que lidera, não faltou nem essa

determinação, nem essa coragem. Mas quero também sublinhar que nós todos, Deputados do PSD e do CDS,

nunca falhámos com a nossa lealdade e temos todos muito orgulho nisso.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

O Sr. José Magalhães (PS): — Viu-se!

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Chegamos ao fim da Legislatura melhor do que estávamos há quatro

anos e é por isso que podemos pedir confiança para continuar, confiança para cumprir os nossos objetivos,

garantir estabilidade, manter a economia a crescer atingindo um crescimento estável de 2 ou 3% nos próximos

anos, confiança para manter o défice controlado e Portugal dentro das regras europeias, confiança para

continuar a decida sustentada do desemprego, confiança para garantir estabilidade, em vez de instabilidade.

A escolha, Sr. Primeiro-Ministro, Sr.as

e Srs. Deputados, é entre andar para a frente ou voltar para trás.

Conhecemos o nosso caminho e esse caminho é Portugal.

Viva Portugal!

Aplausos do CDS-PP e do PSD, de pé.

A Sr.ª Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Jerónimo de Sousa.

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Sr.ª Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, Srs. Membros do Governo, Sr.as

e Srs. Deputados: Realizamos o presente debate sobre o estado da Nação quando se aproxima o fim de uma

Legislatura determinada pelas opções do pacto de agressão formatadas pela política de direita do PS, do PSD

e do CDS e pelos arranjos e acordos que entre si promoveram com a troica estrangeira.

O estado da Nação que hoje aqui debatemos é o estado do declínio, do retrocesso, da dependência, do

empobrecimento em que o País está e este Governo do PSD e do CDS o deixa.

O estado de um País saqueado no seu património e das suas gentes; o estado de um País com 1,2 milhão

de desempregados e quase um terço dos seus trabalhadores na precariedade.

A marca de água e demonstração do falhanço deste Governo é a de um País que viu partir nos últimos

cinco anos cerca de 500 000 portugueses para a emigração; um País que não sai de uma situação de

marasmo económico, que viu nos últimos cinco anos recuar o PIB 6,6% em termos reais; um País com uma

dívida insustentável e um serviço da dívida sufocante que se aproxima dos 9000 milhões de euros; o estado

de um País onde campeia uma profunda injustiça fiscal agravada pelo maior aumento de impostos sobre os

rendimentos do trabalho.

O estado da Nação é o estado deplorável em que este Governo deixa o País com mais de 2,7 milhões de

pessoas a viver abaixo do limiar da pobreza.

«Bolsa de pobreza», dizia o Sr. Primeiro-Ministro. Não, Sr. Primeiro-Ministro. É uma mancha que o devia

envergonhar.

Aplausos do PCP e de Os Verdes.

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