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I SÉRIE — NÚMERO 6

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da Beira». Os senhores é que, antes, se o Presidente Jorge Sampaio, perante uma maioria estável no

Parlamento, quisesse derrotá-la e convocar eleições, diziam: «Muito bem! Era o que já deveria ter feito!»;

agora, se o atual Presidente quiser ponderar que escolha faz, numa situação em que a palavra e o papel são

dele, dizem: «É inaceitável! Temos de fazer pressão!». Não se trata de «confundir a estrada da Beira com a

beira da estrada», Sr. Deputado, o senhor é que confunde, provavelmente, o género humano com o seu primo

Germano.

Risos do CDS-PP.

Este é que é o problema, não é o problema da «beira da estrada e da estrada da Beira»! A confusão é sua,

não é de mais ninguém!

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

Em relação a isto, Sr. Deputado, quero até dizer-lhe que há uma contradição óbvia.

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Atenção ao tempo, Sr. Deputado.

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Vou terminar, Sr. Presidente.

Ouvi ontem o Sr. Deputado António Costa, como Secretário-Geral do Partido Socialista, dizer: «Bom, até a

direita, até o centro-direita não quer ficar em gestão». Disse, não disse, Sr. Deputado António Costa?!

O Sr. António Costa (PS): — Disse!

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Ouvi-o, disse-o, com certeza!

Agora, vem o Sr. Deputado António Filipe dizer: «Os senhores querem ficar em gestão a qualquer preço!».

Bom, já não é só sobre a NATO, o euro ou a Europa que os senhores têm de se entender, têm de se entender

também nisto, porque, de duas uma, ou queremos ou não queremos. Portanto, não vão por aí! Os senhores é

que só têm uma coisa a dizer aqui: «Queremos chegar ao poder! Queremos chegar ao poder! Queremos

chegar ao poder! Queremos chegar ao poder a qualquer custo!».

Sr. Deputado, mesmo a terminar, já ouvimos desde insultos a pressões, durante toda a tarde, mas,

sinceramente, como parlamentar que conheço há muitos anos, diga-me se os senhores estão convencidos de

que pressionar, atacar e até insultar o Presidente da República os vai levar a algum lado. É que não estou

nada convencido disso, mas, sinceramente, ao longo desta tarde, não os vi fazer outra coisa.

Sr. Deputado, não seria melhor respeitarem a decisão do Presidente, que, seguramente, terá ponderado e

que, depois de ouvir os partidos, o que será brevemente, tomará uma decisão que será, certamente, de bom

senso?! Parece-me que seria bastante melhor, Sr. Deputado.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado António Filipe.

O Sr. António Filipe (PCP): — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada Mariana Mortágua e Sr. Deputado Telmo

Correia, muito obrigado pelas questões que colocaram e que me permitem, também, fazer algumas

referências.

Desde logo, acho curioso que quer o Sr. Deputado Telmo Correia, quer, há pouco, o Sr. Deputado Hugo

Lopes Soares tenham trazido aqui o exemplo do Dr. Santana Lopes, que é o exemplo acabado de que não há,

em Portugal, eleições para Primeiro-Ministro.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Ora aí está!

O Sr. António Filipe (PCP): — Portanto, é interessante que tragam esse exemplo.

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