O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

20 DE NOVEMBRO DE 2015

17

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Muito bem!

A Sr.ª Isabel Pires (BE): — Ao mesmo tempo que as populações são sacrificadas, os bancos são salvos, a

dívida dispara, a vida das pessoas é destruída e rompe-se o contrato social. E tudo para chegar a 2015 e

Portugal ter apenas a quarta dívida mais alta da OCDE, uma dívida que, neste momento, ultrapassa os 130%

do PIB, mais do que há quatro anos. E se, de facto, queremos aprofundar o debate sobre a Europa, devemos

falar dos seus erros, aprender com eles e tentar mudar.

Lembremos novamente Ferreira Leite e Bagão Félix. Essas vozes insuspeitas defenderam uma

reestruturação da dívida no quadro europeu. Não só eles mas também Freitas do Amaral ou João Cravinho,

ou já nos esquecemos do Manifesto dos 70?

Da esquerda à direita, muitos se juntaram em torno de uma posição que pudesse dar início a uma

discussão séria sobre a possibilidade de uma reestruturação da dívida, pilar essencial para o crescimento

económico. Não é, portanto, sério promover um debate sobre a Europa, que se nega a discutir a Europa, mas

esse tem sido sempre o objetivo da direita.

Num outro tema, a gravidade da situação dos refugiados pôs a descoberto a incapacidade europeia para

agir como um todo quando a crise é humanitária. As posições xenófobas e de fecho, violento, de fronteiras

assim o demonstram e há que combater este discurso. É, de facto, hora de debater a Europa, mas de forma

séria, de forma responsável, criticando quando é necessário criticar. É preciso derrubar os muros, também

mentais, que têm sido construídos.

Concluindo, esse foi o contributo do Bloco de Esquerda para este debate, um contributo construtivo.

Entretanto, assumiu a presidência o Vice-Presidente Jorge Lacão.

O Sr. Presidente: — Sr.ª Deputada, queira concluir.

A Sr.ª Isabel Pires (BE): — Termino já, Sr. Presidente.

Do lado do PSD e CDS nada acrescentaram à subserviência conhecida. Propõem-se usar os instrumentos

europeus para continuar a atacar os direitos das pessoas, mas falham no essencial, que são as propostas

alternativas concretas. É pena, porque este debate poderia ter servido para mais do que animar a agenda

partidária de quem perdeu as eleições.

Aplausos do BE e de alguns Deputados do PS.

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Tem a palavra a Sr.ª Deputada Paula Santos.

A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Sr. Presidente e Srs. Deputados, PSD e CDS trouxeram a debate, na

Assembleia da República, uma iniciativa sem sentido, porque quer seja aprovada ou rejeitada o seu resultado

é o mesmo — é nulo. Isto é, independentemente do resultado da sua votação, o projeto de resolução

apresentado por PSD e CDS, sobre a afirmação dos principais compromissos europeus, não terá nenhuma

consequência prática ou impacto na nossa realidade. Estamos, portanto, perante um não debate, uma não

discussão, cujo resultado não terá qualquer consequência quanto às matérias que são objeto de discussão.

PSD e CDS sabem que a iniciativa que agendaram não visa qualquer objetivo relativamente à substância

do projeto de resolução. Esta iniciativa tem, somente, um objetivo oportunista, que PSD e CDS reconhecem

nas declarações que foram proferindo nos últimos dias.

Importa, assim, denunciar as reais intenções que levaram PSD e CDS a agendar este debate demagógico

e oportunista.

Sr. Presidente e Srs. Deputados, é evidente que o propósito do PSD e do CDS não era suscitar um debate

sério sobre as matérias relacionadas com a União Europeia ou com a União Económica e Monetária mas, sim,

como os próprios afirmaram publicamente, procurar identificar contradições entre as posições que cada força

política foi afirmando ao longo do tempo.

Da nossa parte, não iremos corresponder à vossa intenção. Não há contradições para explorar, como era o

vosso desiderato, porque ninguém foi obrigado a alterar a sua posição sobre cada uma das matérias que

Páginas Relacionadas
Página 0021:
20 DE NOVEMBRO DE 2015 21 O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Srs. Deputados,
Pág.Página 21
Página 0022:
I SÉRIE — NÚMERO 7 22 A Sr.ª Catarina Martins (BE): — Não fica entre
Pág.Página 22
Página 0023:
20 DE NOVEMBRO DE 2015 23 É por isso que estas alterações têm de ser revogadas e é
Pág.Página 23
Página 0024:
I SÉRIE — NÚMERO 7 24 A Sr.ª Elza Pais (PS): — Tudo, tudo fize
Pág.Página 24
Página 0025:
20 DE NOVEMBRO DE 2015 25 O Sr. Ricardo Baptista Leite (PSD): — Sr. Presidente, Sr.
Pág.Página 25
Página 0026:
I SÉRIE — NÚMERO 7 26 O Sr. Presidente: — Para pedir esclareci
Pág.Página 26
Página 0027:
20 DE NOVEMBRO DE 2015 27 todas as taxas moderadoras para outros atos, como sejam a
Pág.Página 27
Página 0028:
I SÉRIE — NÚMERO 7 28 Aplausos do PS, do BE, do PCP e de Os Verdes. <
Pág.Página 28
Página 0029:
20 DE NOVEMBRO DE 2015 29 A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Mas não ficaram por aqui. PS
Pág.Página 29
Página 0030:
I SÉRIE — NÚMERO 7 30 É justo que recordemos hoje, neste debate, a lu
Pág.Página 30
Página 0031:
20 DE NOVEMBRO DE 2015 31 O Sr. João Oliveira (PCP): — Exatamente!
Pág.Página 31
Página 0032:
I SÉRIE — NÚMERO 7 32 A Sr.ª Susana Amador (PS): — É essa visão de su
Pág.Página 32
Página 0033:
20 DE NOVEMBRO DE 2015 33 Um último aspeto, que é central neste debate, é sobre o v
Pág.Página 33
Página 0034:
I SÉRIE — NÚMERO 7 34 Aplausos do CDS-PP e do PSD.
Pág.Página 34
Página 0035:
20 DE NOVEMBRO DE 2015 35 estabilidade legislativa desvanece-se e percebemos que o
Pág.Página 35
Página 0036:
I SÉRIE — NÚMERO 7 36 Na prática, o que ocorre hoje é o pagamento de
Pág.Página 36
Página 0037:
20 DE NOVEMBRO DE 2015 37 consciência constitui uma violação grave dos direitos ind
Pág.Página 37
Página 0038:
I SÉRIE — NÚMERO 7 38 As intervenções do PSD e do CDS são reve
Pág.Página 38
Página 0039:
20 DE NOVEMBRO DE 2015 39 A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Termino, Sr. Presidente,
Pág.Página 39
Página 0040:
I SÉRIE — NÚMERO 7 40 Aplausos do PS e do BE. O Sr. Pres
Pág.Página 40