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I SÉRIE — NÚMERO 23

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pelo seu falecimento e expressando os seus sentimentos à sua família e à Associação Aguinenso, de que foi

fundador e dirigente máximo.»

O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, vamos passar à votação do voto n.º 23/XIII (1.ª), do PS.

Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.

Segue-se o voto n.º 24/XIII (1.ª) — De pesar pela morte das ativistas do movimento curdo Sêvê Demir,

Pakize Nayir e Fatma Uyar (BE), que vai ser lido pelo Sr. Secretário Moisés Ferreira.

O Sr. Secretário (Moisés Ferreira): — Sr. Presidente e Srs. Deputados, o voto é do seguinte teor:

«Três feministas e ativistas do movimento curdo foram assassinadas, na noite do dia 5 de janeiro, em

Silopi, por forças de segurança do regime de Erdogan na sequência de raids de segurança a pretexto da luta

contra o terrorismo.

Sêvê Semir, de 41 anos, membro do Partido Democrático das Regiões (BDP), ativista dos direitos do povo

curdo, feminista e organizadora do lançamento da Caravana Feminista no Curdistão no âmbito da 4.ª Ação

Internacional da Marcha Mundial das Mulheres, morreu na sequência de um raid de segurança levado a cabo

pelas forças do regime turco.

Mulher de ‘M’ gigante, que nunca desistiu de lutar contra a opressão do povo curdo e pela defesa da

liberdade e dos direitos das mulheres, esteve, em consequência da entrega abnegada a estas causas, presa

durante 15 anos. Sobreviveu a uma greve de fome de 68 dias contra o regime turco, mas nunca desistiu. A

sua força e determinação revelou-se, infelizmente, uma ameaça demasiado importante para as forças

opressoras contra as quais dedicou a sua vida.

Com ela morreram mais duas ativistas do movimento curdo, Pakize Nayir, Vice-Presidente da Assembleia

Popular de Silopi, e Fatma Uyar, membro da União de Libertação das Mulheres.

Feministas que dedicaram a sua vida à luta por um outro mundo, por uma sociedade feminista, laica e

democrática onde os povos possam ser livres e soberanos.

A morte destas três mulheres, que mais não fizeram do que lutar pelos legítimos direitos civis do seu povo

e pela emancipação das mulheres, não se coaduna com um acaso e revelam a brutalidade das autoridades

turcas contra o povo curdo.

As atitudes por parte do governo de Erdogan, de desrespeito pelas liberdades cívicas, pelos direitos

humanos, não podem passar sem qualquer referência, tanto pela sua brutalidade, como pela repetição das

mesmas. Não é mais possível continuar a não tomar posição sobre o regime turco. Devemos pugnar pela

rejeição de utilização do argumento do terrorismo para facilitar e legitimar ataques às populações.

A perda destas mulheres deixa, assim, o movimento feminista mais pobre e o mundo mais cinzento.

A Assembleia da República, reunida em sessão plenária, em 8 de janeiro de 2016, expressa o seu mais

profundo pesar por este triste acontecimento, presta homenagem às vítimas, suas famílias e ao povo curdo e

repudia todos os atentados contra a liberdade e os direitos humanos, na Turquia como em qualquer outro país

do mundo.»

O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, vamos votar o voto n.º 24/XIII (1.ª), do BE, que acabou de ser lido.

Submetido à votação, foi aprovado, com votos a favor do PS, do BE, do PCP, de Os Verdes e do PAN e

abstenções do PSD e do CDS-PP.

Srs. Deputados, vamos guardar 1 minuto de silêncio.

A Câmara guardou, de pé, 1 minuto de silêncio.

Segue-se o voto n.º 12/XIII (1.ª) — De condenação pela repressão em Angola (BE), que o Sr. Secretário

Moisés Ferreira vai fazer o favor de ler.

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