29 DE JANEIRO DE 2016
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O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, já ultrapassou o seu tempo.
O Sr. António Sales (PS): — Para concluir, Srs. Deputados, gostava de dizer que o problema é que a
consequência destas políticas e cortes ainda não se verificou, pois o efeito não é imediato. Isto significa que,
mais tarde ou mais cedo, aparecerão as devidas consequências, porque o efeito de espelho em saúde é um
efeito diferente e diferido e, por isso, ainda não se refletiu verdadeiramente nos indicadores.
Vozes do PS: — Muito bem!
O Sr. António Sales (PS): — É, por isso, um imperativo mudar de rumo no sentido de quanto mais
depressa invertermos o caminho mais depressa retomaremos o sentido certo.
O Sr. Presidente: — Peço-lhe que conclua, Sr. Deputado.
O Sr. António Sales (PS): — Concluo já, Sr. Presidente.
Esta trajetória de reversão, Srs. Deputados, impõe uma estratégia nacional de consenso, para além das
forças políticas representadas nesta Câmara.
Vozes do PS: — Muito bem!
O Sr. António Sales (PS): — Srs. Deputados, se trabalharmos em conjunto podemos garantir aos
portugueses a esperança do novo tempo, um tempo de confiança, um tempo de valores de sempre, um SNS
no qual os portugueses poderão acreditar.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Carla Cruz.
A Sr.ª Carla Cruz (PCP): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: No final deste debate fica bem claro aquela
que foi a intervenção e a atuação do PSD e do CDS-PP ao longo dos últimos quatro anos, que foi, claramente,
a de ignorar as dificuldades que as pessoas sentiram no acesso aos cuidados de saúde no Serviço Nacional
de Saúde.
PSD e CDS dizem que votarão contra esta iniciativa. Isso nós podemos entender, porque, de facto, eles
temem que o levantamento das consequências da política do PSD e do CDS-PP no Serviço Nacional de
Saúde evidencie aquelas que foram as suas opções políticas.
O Sr. João Oliveira (PCP): — Exatamente!
A Sr.ª Carla Cruz (PCP): — Mais: têm medo que o levantamento destas consequências evidencie as
injustiças que foram praticadas pelo PSD e CDS-PP e mostre que é possível e desejável — e iremos
certamente trabalhar para isto — reverter todas as medidas injustas e perniciosas para o Serviço Nacional de
Saúde.
Sr. Presidente e Srs. Deputados, este é o tempo de virar a página no Serviço Nacional de Saúde. É preciso
e é necessário reforçar os meios humanos, materiais e financeiros para que a resposta às populações seja
feita em tempo útil e de qualidade. É possível, é desejável e é para isso que o PCP trabalhará, para o reforço
da resposta pública, para o reforço do Serviço Nacional de Saúde.
Aplausos do PCP.
O Sr. Cristóvão Simão Ribeiro (PSD): — Sr. Presidente, peço a palavra.