30 DE JANEIRO DE 2016
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O Sr. Presidente: — Sr. Primeiro-Ministro, Srs. Membros do Governo, Sr.as
e Srs. Deputados, Sr.as
e Srs.
Funcionários, Sr.as
e Srs. Jornalistas, está aberta a sessão.
Eram 10 horas e 5 minutos.
Solicito aos Srs. Agentes de autoridade que abram as galerias.
Dou a palavra ao Sr. Secretário, Deputado Duarte Pacheco, para proceder à leitura do expediente.
Faça favor.
O Sr. Secretário (Duarte Pacheco): — Sr. Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados, deram entrada na Mesa as
seguintes iniciativas legislativas: projeto de lei n.º 114/XIII (1.ª) — Alteração da denominação da União das
Freguesias de Santarém (Marvila), Santa Iria da Ribeira de Santarém, Santarém (São Salvador) e Santarém
(São Nicolau), no município de Santarém, para União das Freguesias da Cidade de Santarém (PSD), que
baixou à 11.ª Comissão; projeto de deliberação n.º 4/XIII (1.ª) — Fixa a composição, distribuição e elenco dos
Grupos Parlamentares de Amizade na XIII Legislatura (Presidente da AR); e o projeto de resolução n.º 114/XIII
(1.ª) — Recomenda ao Governo que avalie os resultados da aplicação da Lei n.º 81/2014, de 19 de dezembro,
no fim do seu primeiro ano de vigência (PSD).
Em termos de expediente, é tudo, Sr. Presidente.
O Sr. Presidente: — Muito obrigado, Sr. Secretário, Deputado Duarte Pacheco.
Vamos passar à ordem do dia de hoje, que consiste no debate quinzenal com o Primeiro-Ministro, sobre
modernização do Estado, ao abrigo da alínea a) do n.º 2 do artigo 224.º do Regimento.
Para abrir o debate, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.
O Sr. Primeiro-Ministro (António Costa): — Sr. Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados: Em 1974, Sérgio
Godinho cantou que «a sede de uma espera só se estanca na torrente». Este Governo e a atual maioria
parlamentar perceberam bem e souberam reconhecer a urgência que o País e os portugueses sentiam
relativamente à recuperação dos seus rendimentos, à correção da asfixia fiscal e à redução das
desigualdades.
Depois destes brutais anos de austeridade, temos de gerir com inteligência a torrente, transformando a sua
força em energia e progressivamente ir alargando as margens, de forma a aplacar a velocidade a que corre o
caudal, permitindo a navegação tranquila e com rumo certo.
Sendo o início do ano de 2016 muito marcado por este tempo de urgência de relançar a economia
portuguesa, de recuperar as fraturas sociais da austeridade e de combater a precariedade, é também em 2016
que temos de começar a preparação do futuro.
A este tempo de urgência deve juntar-se uma visão estratégica de reforço da cidadania, de modernização
da economia e do Estado e de desenvolvimento do País, que assentará nos pilares do conhecimento: a
cultura, a ciência e a educação.
É precisamente sobre a modernização do Estado que hoje venho falar a esta Assembleia.
Foram muitos os que, nos últimos quatro anos, subiram a esta tribuna apresentando e proclamando a
reforma do Estado, ignorando que um Estado moderno não é um Estado mínimo, distante, sem recursos nem
competências. Subiram a esta tribuna anunciando uma reforma do Estado que quase sempre não foi mais do
que o exercício de ambição de privatização do Estado e de alienação das suas funções.
Aplausos do PS e do BE.
O resultado prático é o atraso na modernização do Estado e o recuo nas mudanças que vinham ocorrendo
no sentido da sua modernização.
Um Estado moderno é um Estado com capacidade de intervenção estratégica, um Estado mais simples,
um Estado inteligente, próximo e inclusivo, dotado de uma Administração Pública dinâmica e com capacidade
de inovar.
O primeiro eixo de uma verdadeira reforma do Estado é, precisamente, o da simplificação.