O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 34

8

A Sr.ª Patrícia Fonseca (CDS-PP): — O CDS é o partido que defende os agricultores e as pequenas e

médias empresas. O CDS é o partido que defende quem cria emprego e quem contribui para a ocupação do

território. O CDS é o partido que procura resolver problemas concretos de pessoas reais.

Protestos do Deputado do PCP João Oliveira.

E por isso, Sr. Presidente e Srs. Deputados, todas as iniciativas, sejam elas públicas ou privadas, que

venham contribuir para afirmar o papel dos produtos tradicionais na economia nacional, para a dinamização

dos territórios rurais e a promoção do emprego serão bem acolhidas por esta bancada.

A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Muito bem!

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

O Sr. Presidente: — Vejo que as divergências também atravessam o Plenário em matéria de alheiras.

Risos.

Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado José Luís Ferreira.

O Sr. José Luís Ferreira (Os Verdes): — Sr. Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Temos hoje, para

discussão, quatro iniciativas legislativas, quatro projetos de resolução com um objetivo comum: criar

mecanismos de promoção, apoio, valorização e defesa da produção da alheira. E, nesta discussão, Os Verdes

começam por referir que a alheira, devido à sua qualidade e ao contributo para a alta cozinha, acabou por se

transformar numa referência ao nível da nossa gastronomia.

Vozes do PCP: — Exatamente!

O Sr. José Luís Ferreira (Os Verdes): — Um produto inicialmente muito apreciado na região de Trás-os-

Montes, mas que, dada a sua qualidade, rapidamente inundou os lares e as mesas de todo o País, sendo hoje

apreciado em todos os continentes.

A produção do fumeiro e, sobretudo, da alheira, representa uma atividade importante nas economias locais

de toda a região de Trás-os-Montes, tanto no que diz respeito à produção industrial, como à produção

artesanal, porque, de facto, apesar das várias formas de confeção e conservação que a alheira foi conhecendo

ao longo do tempo, a sua produção artesanal continua com algum vigor e a ter muita importância para o

autoconsumo de muitas famílias, reafirmando assim a sua identidade cultural e gastronómica.

Por outro lado, o desenvolvimento da produção industrial em nada tem prejudicado o seu sabor original,

não só porque no seu fabrico se repescam os saberes tradicionais, mas, também, porque são utilizados

produtos regionais para a sua confeção. Ou seja, ao longo dos séculos se alguma coisa mudou foi apenas a

motivação da sua confeção. Se, originalmente, a confeção das alheiras estava associada a uma forma de

evitar perseguições, atualmente a alheira é confecionada por ser um produto com um sabor único apreciado

em todo o mundo.

Hoje, esta atividade envolve milhares de postos de trabalho diretos e indiretos, na região de Trás-os-

Montes. São cerca de duas centenas de unidades industriais espalhadas pelos vários concelhos dos distritos

de Bragança e de Vila Real, o que mostra bem o elevado impacto no emprego e na sustentabilidade

económica das famílias, numa região onde a indústria, no geral, escasseia.

Sucede que recentemente algumas notícias alarmistas, eu diria, até pouco claras, viriam a criar uma certa

desconfiança nos consumidores, o que torna ainda mais oportuna esta discussão, que hoje fazemos. Estamos

em crer que é importante para os consumidores confiarem no elevado grau de certificação deste produto

alimentar, assim como na intensa fiscalização feita nas várias fases do processo de produção, conservação e

Páginas Relacionadas
Página 0012:
I SÉRIE — NÚMERO 34 12 Aplausos do PCP e do BE. O Sr. P
Pág.Página 12
Página 0013:
5 DE FEVEREIRO DE 2016 13 O Sr. Presidente: — Peço-lhe que conclua, Sr. Deputado. <
Pág.Página 13