O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

11 DE FEVEREIRO DE 2016

43

Sr. Deputado Luís Monteiro, pode estar certo de que estamos empenhados na mudança, mas sabemos,

certamente, que os tempos são de crescente exigência e de grande contenção orçamental, exigindo um

contexto de corresponsabilização da comunidade científica para o desenvolvimento de Portugal, assim como,

em primeira instância, dos agentes da política científica, entre os quais a FCT desempenha uma papel singular

na sociedade portuguesa.

É assim que consideramos como prioridades imediatas da FCT, certamente, e de acordo com o que hoje

ouvimos da parte do Deputado José Manuel Pureza, em primeiro lugar, garantir o lançamento, nas próximas

semanas, de um novo processo e sistema de avaliação das atividades de I&D, cumprindo padrões

internacionais e respeitando regras claras e transparentes reconhecidas pela comunidade científica.

Aplausos do PS.

Urge credibilizar a prática da avaliação científica independente, excluindo o uso irresponsável e acrítico de

métricas para fins de avaliação e garantindo processos sérios de avaliação que permitam a utilização dos seus

resultados como ferramenta de gestão estratégica no interior das instituições, como nos lembrou,

sistematicamente, o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas.

Em segundo lugar, queremos garantir um contexto organizativo versátil e aberto à inovação e, certamente

de acordo com o que hoje também ouvimos da parte dos Deputados Miguel Tiago e Joana Mortágua,

estimular o apoio à renovação contínua da comunidade científica. Podem estar certos de que essa é a nossa

prioridade, de que a nossa orientação para a FCT é assegurar a transição geracional e a manutenção do

capital científico instalado, no quadro dos estatutos da carreira docente e de investigador.

Isso tem de ser feito, claramente, Deputada Ana Bessa, com uma articulação forte com as universidades e

os institutos politécnicos e essa foi a nossa orientação ao novo Conselho Diretivo da Fundação para a Ciência

e a Tecnologia, assim como garantir o reforço efetivo das infraestruturas científicas, estimular a participação

de Portugal nos programas europeus e promover a diversificação das fontes de financiamento.

Portugal experimentou nos últimos anos uma queda brutal do investimento privado, ao contrário daquilo

que nos foi dito, porque Portugal sabe bem como na Europa o investimento privado só aumenta quando o

investimento público alavanca a atividade privada e o investimento público é essencial para garantir o bem

público que todos vemos na ciência e na tecnologia.

Mas, para isso, precisamos também de mais cultura científica e tecnológica, e, para tal, orientamos a

Fundação para a Ciência e para a Tecnologia para trabalhar no estímulo à educação das ciências e das

tecnologias, porque acreditamos que é um papel certo e claro de todos os ministérios que têm a pasta da

ciência, em qualquer sociedade moderna.

Fomentar mais competitividade e mais economia com mais conhecimento são as orientações que demos à

Agência Nacional de Inovação, certamente em articulação com o tecido económico e produtivo.

Gostaria, ainda, de me referir a dois aspetos críticos da nova política de ciência.

Primeiro, a necessidade absoluta de promover a divulgação e a partilha do conhecimento. Para isso,

lançamos hoje aqui os princípios para uma política nacional de ciência aberta.

Aplausos do PS.

Pretendemos, sobretudo, garantir a plenitude do acesso aberto aos conteúdos da atividade científica e aos

resultados da investigação financiada através da FCT.

Em segundo lugar, Sr. Deputado Abel Baptista, algumas coisas nos distinguem, e o conceito da

democratização da investigação e do conhecimento distingue-nos certamente. Queremos reforçar e alargar a

base social de apoio ao conhecimento e, por isso, lançámos de forma inédita, hoje também, um programa de

reforço à atividade de investigação nos institutos politécnicos, de forma a valorizar o seu impacto na sociedade

e na economia portuguesas.

Aplausos do PS.

Páginas Relacionadas
Página 0015:
11 DE FEVEREIRO DE 2016 15 136/2015, de 7 de setembro (Primeira alteração à Lei n.º
Pág.Página 15
Página 0016:
I SÉRIE — NÚMERO 36 16 O Decreto da Assembleia da República n.º 7/XII
Pág.Página 16