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16 DE MARÇO DE 2016

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Mas saberemos com certeza, nos próximos meses, fazer uma outra avaliação relativamente a este

Orçamento do Estado: é que tudo aquilo que foi conquistado na discussão, na especialidade, deste Orçamento

do Estado, tudo aquilo que neste Orçamento do Estado dá tradução a essas reivindicações que, ao longo de

quatro anos, os portugueses fizeram, será um elemento de unidade dos portugueses, de unidade do povo e

dos trabalhadores para exigirem mais, para irem mais longe nas medidas que correspondam às suas

aspirações e aos seus anseios, contrariando a tática que, mais uma vez, o PSD e o CDS procuram utilizar, de

dividir os portugueses, de procurar criar fraturas entre os trabalhadores e o povo, para tentarem levar por

diante a sua política de retrocesso e de declínio nacional.

O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Peço-lhe que termine, Sr. Deputado.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Termino, Sr. Presidente, dizendo que, para esse esforço, o PCP dará um

contributo, derrotando, uma vez mais, as intenções do PSD e do CDS.

Aplausos do PCP e do BE.

O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Para uma intervenção, tem ainda a palavra o Sr. Deputado

António Leitão Amaro.

O Sr. António Leitão Amaro (PSD): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as

e Srs. Deputados,

a fechar o debate orçamental, na especialidade, conhecemos mais uma errata: a errada da realidade face à

palava e à vontade do Deputado João Galamba.

Quando vaticinava — desejava até, lembramo-nos — a espiral recessiva, o esforço dos portugueses, a luta

das empresas, de um País junto, deram a volta e trouxeram a recuperação. E foi esse País em recuperação —

e uma recuperação não de um trimestre, não de dois, não de três, mas de mais de dois anos —, no

crescimento, no emprego, no investimento, nas exportações, que nós deixámos, e é por isso que conseguem

fazer algumas das coisas que fazem.

Mas há uma outra errata. Em setembro passado, o Sr. Deputado João Galamba dizia: «o nosso caminho é

devolver rendimentos sem nunca pedir mais impostos». Foi semana após semana, semana após semana:

combustíveis, tabaco, transações financeiras, o IMI…

Protestos do PS.

O IMI sobre as empresas, pequenos comerciantes e pequenas indústrias, sim!

Afinal, não é apenas a austeridade que não acaba, são mais impostos que os portugueses pagam.

Reparem que é o relatório do Orçamento do Estado que diz que, em 2015, foram pagos 45 000 milhões e, em

2016, os portugueses vão pagar 47 000 milhões de euros de impostos, incluindo por efeito do aumento de

algumas taxas!

Em vez de aproveitarem alguma dinâmica da economia para reduzir a despesa, explodem a despesa em

1800 milhões de euros; em vez de aproveitarem alguma recuperação da economia para reduzirem a dívida,

pagarem mais depressa ao FMI, protegendo os portugueses de riscos e evitando impostos no futuro, o que é

que fazem? Carregam com mais impostos, carregam com mais despesa!

Vozes do PSD: — É verdade! Não gostam de ouvir?!

O Sr. António Leitão Amaro (PSD): — Sr. Deputado João Galamba, o seu caminho é diferente do nosso.

Mas, qualquer que fosse o caminho, eu gostava que corresse bem para Portugal, e ao contrário de si o digo:

desejo que os próximos tempos sejam bons tempos para Portugal.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Desfaça lá as figas!

O Sr. António Leitão Amaro (PSD): — Da mesma maneira dizemos com toda a tranquilidade que as

escolhas que fazem agora, de um País virado para dentro, um País que corta na iniciativa dos empresários,