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I SÉRIE — NÚMERO 44

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que, como diz o Governo, vai abrandar o emprego, vai abrandar as exportações, vai abrandar o investimento,

que tem um Primeiro-Ministro que afugenta os investidores, vão no caminho errado, e foi sempre o caminho de

quando o nosso País esteve menos bem. Os tempos em que o País foi grande foi quando se virou para fora, e

é essa a mensagem com que terminamos.

Pedimos ao Governo que vire o País para fora. Não repitam os erros do vosso próprio partido na última vez

em que foi poder e que conduziram o País quase ao desastre.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Para encerrar este debate, tem a palavra o Sr. Secretário de

Estado dos Assuntos Parlamentares.

O Sr. Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares: — Sr. Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados:

Encerramos hoje o debate do Orçamento na especialidade, um debate de três dias, um debate vivo, com

propostas de alteração de quase todos os partidos.

Neste debate ficaram à vista as diferenças entre a maioria que apoia este Governo e o PSD; hoje, todos

ficámos a perceber melhor contra o que é que o PSD é: é contra a devolução da sobretaxa; é contra a

reposição integral dos salários; é contra o aumento do complemento solidário para idosos; é contra o aumento

do rendimento social de inserção; é contra o abono de família para as nossas crianças; é contra o reforço do

subsídio social de desemprego; é contra a redução do IMI; é contra a gratuitidade dos manuais escolares; é

contra a distribuição de leite escolar sem lactose nas nossas escolas; é contra o alargamento da tarifa social a

1 milhão de agregados familiares.

Aplausos do PS, do BE e do PCP.

Durante quatro anos, tentaram convencer os portugueses de que não era possível viver melhor em

Portugal, tentaram convencer os portugueses de que viviam acima das suas possibilidades.

Aquilo que queremos fazer com este Orçamento, toda a esquerda que apoia este Orçamento, é provar que

é possível viver melhor em Portugal, que não têm de deixar este País.

Aplausos do PS, do BE e do PCP.

Recuperar rendimentos, repor direitos, dignificar o povo português, dar esperança aos portugueses, é esse

o objetivo deste Orçamento, o Orçamento em relação ao qual estiveram contra todos os artigos da proposta

inicial.

Não podemos deixar de registar que outros partidos vieram a debate, que o Bloco de Esquerda, o Partido

Comunista Português, o Partido Ecologista «Os Verdes», o PAN e o CDS-PP participaram no debate com

propostas. Sim, no final, o Orçamento não é igual ao Orçamento na generalidade — não é e não podia deixar

de ser assim, para um Governo que respeita o Parlamento, que considera o Parlamento.

Aplausos do PS, do BE e do PCP.

Se o PSD achava que o Orçamento era mau tinha a obrigação de tentar melhorá-lo, de apresentar

propostas, de participar no debate, de tentar mudar o que estava errado e de apoiar aquilo com que

concordavam e que já estava nos vossos orçamentos. É isso que se pede a um partido que está na oposição.

Quer queiram quer não queriam, os senhores estão na oposição e a missão de quem está na oposição é

apresentar propostas.

Aplausos do PS, do BE.

Esperamos que, daqui em diante, o PSD venha a debate, para bem do País, que apresente propostas e

assuma as suas opções. É aquilo que se pede a todo o Parlamento e também ao PSD.