O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 45

4

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra, em nome do Grupo Parlamentar do PSD, o Sr. Deputado Jorge Paulo

Oliveira.

O Sr. Jorge Paulo Oliveira (PSD): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados:

Em 24 de novembro de 2014 o Parlamento aprova uma proposta que haveria de ficar conhecida como o IMI

familiar, o qual passou a considerar a dimensão do agregado familiar, discriminando positivamente as famílias

com filhos. Votos contra: apenas a esquerda radical.

A justiça social desta medida, aplaudida pela sociedade civil, foi abraçada por 218 autarquias, o

equivalente a 71% dos municípios portugueses.

O PS mudou agora de opinião. A medida, afinal, não era assim tão boa… Boa, boa é a proposta de

alteração do Bloco de Esquerda que prevê que a dedução por dependente passe a corresponder a um valor

fixo e não a uma percentagem da taxa. O que representa, Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, um claro

retrocesso do ponto de vista da equidade fiscal e um claro retrocesso do ponto de vista da proteção das

famílias, que passam simplesmente a pagar mais.

O PS veio dizer que não, que não mudou de opinião. Por isso, Sr. Presidente e Srs. Deputados, será muito

interessante verificar o que é que o PS irá dizer aos camaradas Hugo Martins, de Odivelas, Luís Correia, de

Castelo Branco, Nuno Mocinha, de Elvas, Domingos Bragança, de Guimarães, Raúl Castro, de Leiria, José

Maria Costa, de Viana do Castelo, Rui Santos, de Vila Real, e Fernando Medina, de Lisboa, apenas para citar

alguns dos muitos presidentes de câmara do Partido Socialista que aplicaram nos seus municípios este

imposto, este IMI familiar, exatamente nos termos em que está em vigor.

A verdade é que o PS mudou de opinião porque a sua ala «syrizista», a sua ala «varoufakinana», que

nunca se preocupou verdadeiramente com a proteção das famílias, cedeu, e cedeu em definitivo, ao

radicalismo do Bloco de Esquerda. Manda quem pode e obedece quem tem medo, e nós todos já percebemos

quem é que manda na «gerigonça». Quem manda na «geringonça» é o Bloco de Esquerda. Parabéns, Sr.ª

Deputada Catarina Martins. Muitos parabéns!

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra a Sr.ª Deputada Margarida Balseiro Lopes.

A Sr.ª Margarida Balseiro Lopes (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Ao longo deste debate

orçamental, em diversas intervenções, o PSD alertou para o problema das normas interpretativas na proposta

de lei. Alertámos para o facto de as normas interpretativas terem um caráter retroativo, violando a lei fiscal e a

Lei Fundamental.

E não se trata de um caso, de dois casos, de três casos, são mais de 20 as normas interpretativas que têm

carácter retroativo: é no IRS, é no IRC, é no imposto de selo, é no IUC.

Aos diversos alertas lançados pelo PSD, o Governo disse: «não há mal. Apesar de interpretativas, as

normas só se vão aplicar para casos futuros». Afirmou, aliás, o Governo que os tribunais aplicariam a lei

independentemente da vontade do legislador ou da administração fiscal, ou seja, confrontado com normas

fiscais retroativas, a resposta foi a de que não havia problema porque, no limite, se essas normas em causa

forem inconstitucionais, os tribunais não as vão aplicar.

Isto é de facto espantoso! Não é assim e tem de haver uma explicação para o Governo ter pejado o

Orçamento de normas retroativas.

Estará o Governo ciente do risco? Estará o Governo ciente de que vai receber impostos que poderá ter de

devolver no futuro? E não vai única e exclusivamente devolver esses impostos, vai ter de pagar juros

indemnizatórios e compensatórios por uma lei mal feita.

É que aquilo que o Governo se prepara para fazer é aprovar um Orçamento que viola a lei fiscal, que viola

a Constituição e é, sobretudo, um atentado ao Estado de direito.

Aplausos do PSD.

Páginas Relacionadas
Página 0003:
17 DE MARÇO DE 2016 3 O Sr. Presidente: — Sr.as e Srs. Deputados, Srs. Membros do G
Pág.Página 3
Página 0005:
17 DE MARÇO DE 2016 5 O Sr. Presidente: — Tem a palavra a Sr.ª Deputada Cecí
Pág.Página 5
Página 0006:
I SÉRIE — NÚMERO 45 6 O PSD fez falta de comparência ao processo do O
Pág.Página 6
Página 0007:
17 DE MARÇO DE 2016 7 Estamos convictos de que o contributo do Parlamento, no proce
Pág.Página 7
Página 0008:
I SÉRIE — NÚMERO 45 8 Fizemos a nossa parte. Contribuímos para melhor
Pág.Página 8
Página 0009:
17 DE MARÇO DE 2016 9 Como é natural, desejamos, como portugueses, que tudo corra b
Pág.Página 9
Página 0010:
I SÉRIE — NÚMERO 45 10 O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD):— Olha o
Pág.Página 10
Página 0011:
17 DE MARÇO DE 2016 11 O Sr. Secretário de Estado pode não querer aprovar porque, d
Pág.Página 11
Página 0012:
I SÉRIE — NÚMERO 45 12 Artigo 112.º Taxas 1 — .
Pág.Página 12
Página 0013:
17 DE MARÇO DE 2016 13 É a seguinte: Artigo 144.º — B Alteraçã
Pág.Página 13
Página 0014:
I SÉRIE — NÚMERO 45 14 4 — O disposto no número 2 não é aplicável aos
Pág.Página 14
Página 0015:
17 DE MARÇO DE 2016 15 4 — Os tempos inteiros referidos nos números anteriores pode
Pág.Página 15
Página 0016:
I SÉRIE — NÚMERO 45 16 obtenham um rendimento anual inferior ao rendi
Pág.Página 16
Página 0017:
17 DE MARÇO DE 2016 17 3 — Os procedimentos, os modelos e as demais condições neces
Pág.Página 17
Página 0018:
I SÉRIE — NÚMERO 45 18 Artigo 8.º Divulgação de informa
Pág.Página 18
Página 0019:
17 DE MARÇO DE 2016 19 Vamos agora votar a proposta 75-C, apresentada pelo B
Pág.Página 19
Página 0020:
I SÉRIE — NÚMERO 45 20 3 — ..................................
Pág.Página 20
Página 0021:
17 DE MARÇO DE 2016 21 tempos, a consideração das despesas médico-veterinárias em s
Pág.Página 21
Página 0022:
I SÉRIE — NÚMERO 45 22 O PSD não desistiu do Orçamento do Estado, des
Pág.Página 22
Página 0023:
17 DE MARÇO DE 2016 23 A proposta inicial de Orçamento do Estado para 2016 dava con
Pág.Página 23
Página 0024:
I SÉRIE — NÚMERO 45 24 Agora, que chegamos ao fim do debate orçamenta
Pág.Página 24
Página 0025:
17 DE MARÇO DE 2016 25 determinantes, o alargamento da intervenção e da luta dos tr
Pág.Página 25
Página 0026:
I SÉRIE — NÚMERO 45 26 Defender Portugal na Europa, ser exigente pera
Pág.Página 26
Página 0027:
17 DE MARÇO DE 2016 27 É certo que a esquerda em geral e a mais radical em particul
Pág.Página 27
Página 0028:
I SÉRIE — NÚMERO 45 28 Sr. Ministro, esse tempo dos sabotadore
Pág.Página 28
Página 0029:
17 DE MARÇO DE 2016 29 O Sr. Primeiro-Ministro chegou a essa cadeira e disse
Pág.Página 29
Página 0030:
I SÉRIE — NÚMERO 45 30 É certo que, ontem, durante o debate da manhã,
Pág.Página 30
Página 0031:
17 DE MARÇO DE 2016 31 … do que dessa social-democracia que o PSD sempre inv
Pág.Página 31
Página 0032:
I SÉRIE — NÚMERO 45 32 Ao povo deste País basta-nos dizer: vejam e ou
Pág.Página 32
Página 0033:
17 DE MARÇO DE 2016 33 Inglaterra pela recusa de pagar impostos criados por um parl
Pág.Página 33
Página 0034:
I SÉRIE — NÚMERO 45 34 Sr.as e Srs. Deputados, empenhámo-nos muito nu
Pág.Página 34
Página 0035:
17 DE MARÇO DE 2016 35 Governo está para durar e a sua base parlamentar tem a parti
Pág.Página 35
Página 0036:
I SÉRIE — NÚMERO 45 36 O desafio do novo Governo é, pois, o da concre
Pág.Página 36
Página 0037:
17 DE MARÇO DE 2016 37 O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Dizem, com indisfarçável supe
Pág.Página 37
Página 0038:
I SÉRIE — NÚMERO 45 38 descaramento pagasse imposto, de facto, não er
Pág.Página 38
Página 0039:
17 DE MARÇO DE 2016 39 Aplausos do PSD. Risos do PS.
Pág.Página 39
Página 0040:
I SÉRIE — NÚMERO 45 40 Bloco de Esquerda e de Os Verdes. De todos. Nã
Pág.Página 40
Página 0041:
17 DE MARÇO DE 2016 41 Vemos este contributo como uma melhoria face à proposta inic
Pág.Página 41
Página 0042:
I SÉRIE — NÚMERO 45 42 Mas quero dizer-vos que os objetivos deste Orç
Pág.Página 42
Página 0043:
17 DE MARÇO DE 2016 43 Cabe ao Governo, em parte através da política orçamental, ga
Pág.Página 43
Página 0044:
I SÉRIE — NÚMERO 45 44 Minhas Senhoras e Meus Senhores, este Orçament
Pág.Página 44