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17 DE MARÇO DE 2016

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determinantes, o alargamento da intervenção e da luta dos trabalhadores e das populações e um cada vez

mais largo apoio ao PCP, às suas propostas e iniciativas políticas.

Retomamos hoje a saudação que aqui deixámos em 2011. Daqui saudamos todos aqueles que não se

calaram e não se resignaram. Daqui saudamos os trabalhadores, os jovens, os reformados, os pequenos e

médios empresários, agricultores e pescadores, os profissionais das forças de segurança, os militares, todos

aqueles que exerceram e defenderam os seus direitos com o objetivo patriótico de assegurar um futuro

diferente e melhor para o nosso País.

Foi a sua luta forte, convicta e determinada que abriu a possibilidade de trilharmos um caminho diferente

daquele que nos foi imposto com a política de exploração e empobrecimento dos últimos quatro anos e há de

ser a sua luta a abrir caminho para a rutura com a política de direita e a concretização da política patriótica e

de esquerda de que o País necessita.

Aplausos do PCP, do PS, do BE e de Os Verdes.

O Sr. Presidente: — Para intervir, em nome do Grupo Parlamentar do CDS-PP, tem a palavra o Sr.

Deputado Telmo Correia.

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro e Srs. Membros do Governo, Sr.as

e Srs. Deputados: Chegámos ao final da discussão do primeiro Orçamento do Estado do Governo das

esquerdas mais ou menos unidas. E se é certo que o Orçamento do Estado, como era previsível, será

aprovado, não é menos verdade que o pobre do documento orçamental, desde a sua apresentação, foi

empurrado de uns para outros, dentro da maioria parlamentar, e mesmo enjeitado, pois, por momentos,

parecia que, sendo da «geringonça», não era, no fundo, de ninguém.

Este é um assunto que fica resolvido hoje. Este é o vosso Orçamento e é um Orçamento, exclusivamente,

da responsabilidade do PS, do Bloco de Esquerda, do PCP e de Os Verdes.

Aplausos do CDS-PP.

Mais vosso, quando tendo o CDS procurado contribuir viu todas as suas propostas essenciais serem

rejeitadas por autossuficiência vossa. O que foi aprovado, podendo ser relevante, é pouco mais do que um

detalhe.

Bem podem vir com a ideia, tão típica à esquerda, de que a responsabilidade ou a culpa é sempre dos

outros, sejam os outros o anterior Governo, a Europa, as instituições, os norte-americanos, a Fitch, a Standard

& Poor’s ou o mundo em geral, que, na verdade, este Orçamento é o fruto das vossas escolhas, das vossas

opções, e o enorme risco que representa para o País é consequência única da vossa irresponsabilidade.

Aplausos do CDS-PP.

Representa uma mudança de rumo? É certo! É certo que representa uma mudança de rumo, mas uma

mudança de rumo em relação a uma economia que estava a crescer, a um desemprego que descia

sustentadamente e a uma recuperação de credibilidade e respeitabilidade externa que deu muito trabalho aos

portugueses e exigiu enorme coragem política ao Governo que vos antecedeu!

Mudança de rumo? Sim! É mesmo aquilo a que os britânicos gostam de chamar a U-turn, ou seja, uma

volta de 180º. Mas mudar radicalmente o sentido, fazer uma inversão de marcha, quando, finalmente, fruto de

muitos sacrifícios, estávamos no caminho certo, é um erro, e é um erro colossal!

Voltar para trás pode significar, no limite, voltar a 2011, quando o PS deixou o País na bancarrota e a

nossa soberania limitada pelos credores.

Não faz, de resto, nenhum sentido o vosso discurso patrioteiro que nos coloca em confronto com a Europa.

Nós não estamos em conflito com a Europa e, pelo contrário, somos membros de pleno direito da União

Europeia, ao contrário do que defendem alguns dos partidos que suportam este Governo.

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