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I SÉRIE — NÚMERO 47

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O PS começa a sentir o que é ter a faca espetada relativamente a essas medidas que tantos e tantos

portugueses apoiaram. Têm seis meses para cumprir o que eles dizem, não são seis meses para dialogarem

em concertação social, não são seis meses para construírem consensos, não são seis meses para

reavaliarem em sede de concertação social. Porquê? Porque a CGTP em nada chega a acordo em sede de

concertação social.

Aplausos do PSD.

E, por isso, trazem para o Parlamento aquilo que não conseguem em sede de concertação social.

O Sr. Presidente: — Sr.ª Deputada, peço-lhe que conclua.

A Sr.ª Maria das Mercês Soares (PSD): — Concluo de imediato, Sr. Presidente.

Srs. Deputados, acabou o romantismo dos partidos da extrema-esquerda.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Da extrema-esquerda era o vosso Durão Barroso.

A Sr.ª Maria das Mercês Soares (PSD): — Foi neste contexto que nós construímos, sejam os senhores

capazes de construir também.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção de encerramento do debate, tem a palavra o Sr. Secretário de

Estado do Emprego.

O Sr. Secretário de Estado do Emprego (Miguel Cabrita): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: O

debate que hoje aqui tivemos permite retirar algumas conclusões.

Em primeiro lugar, antes e acima de qualquer outra, o debate permitiu sublinhar a importância destas

matérias. E veio sublinhar como, nos últimos anos, estas questões e a sua perceção pública se agudizaram.

Os fenómenos da precariedade atingem hoje partes significativas da população, atingem hoje muitas

portuguesas e portugueses, mais e menos jovens, e cada vez mais famílias. Mas esta não é a única conclusão

que podemos retirar. Politicamente, este debate confirmou o que já se esperava.

Confirmou, desde logo, que Portugal tem agora um Governo que assume esta realidade, que assume que

a precariedade é um problema e que não foge a colocá-la na agenda política.

Aplausos do PS.

Ora, em política, como na vida, os problemas, diria, sobretudo os mais difíceis, só se resolvem quando há

coragem para os assumir. Como ficou bem patente hoje, há um contraste marcado entre este presente e um

passado bem recente em que esta questão era desvalorizada, pura e simplesmente, negada e não fazia de

todo parte da agenda do anterior Governo,…

Aplausos do PS, do BE e do PCP.

… com os resultados que, infelizmente, conhecemos e que muitos trabalhadores e muitos jovens

conhecem.

Mas o debate de hoje confirmou também que não há só um Governo que assume este problema. Nesta

Assembleia, há uma maioria parlamentar que sustenta a presença destas questões na agenda política e social

e que está disponível para trabalhar em torno delas e para encontrar soluções, que não são fáceis, mas que

permitam melhorar os equilíbrios do mercado de trabalho.

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I SÉRIE — NÚMERO 47 38 O Sr. Presidente: — Fica registado, Sr.
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