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I SÉRIE — NÚMERO 57

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nos cuidados de saúde primários, seja na rede nacional de cuidados continuados integrados, com o Ministério

da Saúde e o Ministério do Sr. Ministro Vieira da Silva em conjunto.

O paradigma que está proposto neste plano nacional é diferente. Queremos não só aumentar o número de

camas para convalescença de média e curta duração, mas, sobretudo, as equipas de apoio à comunidade, os

serviços de apoio domiciliário e a figura do cuidador informal, que também já aqui foi alvo de uma iniciativa da

direita. Queremos, naturalmente, reforçar a prioridade na saúde mental, que foi uma área absolutamente

desconsiderada pelo anterior Governo. E ficamos muito satisfeitos por ver que, pela primeira vez, em Portugal,

vai haver uma resposta para cuidados paliativos pediátricos. Essa é, sem dúvida, uma marca deste Governo,

porque o PS, Sr. Ministro, sabe bem qual é a estratégia que defende para a área da saúde, e é urgente reparar

os danos causados pela anterior governação e devolver a confiança aos portugueses.

Sr. Ministro, o que queremos perguntar é se o impacto destas medidas que estão previstas no plano de

reformas vai ao encontro da necessidade que a população portuguesa sente, que a bancada do Partido

Socialista sente, que todos nós sentimos, de devolver a confiança que os portugueses perderam nos últimos

anos no nosso Serviço Nacional de Saúde, um património que não podemos alienar.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Moisés Ferreira.

O Sr. Moisés Ferreira (BE): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Sr. Ministro, a direita, em particular o

PSD, nos vários debates sobre o Programa Nacional de Reformas que temos tido neste Parlamento, tem-nos

habituado a uma linha de argumentação que, resumindo, é a seguinte: olha para o que digo, mas não olhes para

o que fiz, para o que eu fiz nos últimos quatro anos no Governo, e a intervenção do Sr. Deputado Miguel Santos

é exemplificativa disso. Preocupação com contas, vinda de um Governo que falhou todas as previsões e todas

as contas, de um Governo que falhou sempre,…

A Sr.ª Clara Marques Mendes (PSD): — Não sei onde.

O Sr. João Oliveira (PCP): — É um facto!

O Sr. Moisés Ferreira (BE): — … no que tocava a contas!

O que incomoda mesmo o PSD e do CDS é que, desta vez, há contas para investimento, para dar mais

saúde às pessoas, para investir no Serviço Nacional de Saúde.

Protestos do PSD.

Isso é que incomoda! Isto porque, quando falhavam as contas, mas as contas eram de cortes, para eles,

estava sempre tudo bem. Agora, que há uma inversão, é que há uma preocupação.

É, por isso, também, que durante tanto tempo rezaram, puseram todas as noites uma velinha à «Santa

Comissão Europeia» para ela obrigar à aplicação daquilo que chamavam «plano b». Porquê? Porque o plano b

é que cumpria mesmo o plano do PSD e do CDS. O plano b foi durante quatro anos o plano a do PSD e do

CDS.

Vozes do BE e do PCP: — Muito bem!

O Sr. Moisés Ferreira (BE): — E nós sabemos muito bem o que foi esse plano a do Governo PSD/CDS,

que…

Protestos do PSD.

… ao contrário do que o Sr. Deputado Miguel Santos dizia, deteriorou a saúde em Portugal, sim. O senhor é

um Deputado informado e conhecerá certamente o estudo, cujo resumo até foi publicado no jornal Médico, que