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I SÉRIE — NÚMERO 65

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discriminações em função das condições económicas e sociais, com integral respeito pelos direitos de docentes

e não docentes e o investimento numa escola pública gratuita, de qualidade, inclusiva e para todos.

Aplausos do PCP, do BE e de Os Verdes.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra, para uma intervenção, a Sr.ª Deputada Joana Mortágua.

A Sr.ª Joana Mortágua (BE): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados: Gostaria

de saudar a oportunidade que temos de esclarecer o País sobre esta questão dos contratos de associação e

daquilo que se trata com este despacho.

Gostaria de fazer uma pergunta ao partido dos contribuintes e ao partido campeão no corte da despesa

pública. Há na cidade de Coimbra pelo menos 16 turmas financiadas pelos contribuintes, a 80 500 € cada uma

delas, numa zona onde existem oito escolas públicas, com salas de aula vazias que poderiam e queriam receber

estes alunos.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Ora aí está!

A Sr.ª Joana Mortágua (BE): — O Colégio de Santa Maria de Lamas tem 74 turmas financiadas a 80 500 €.

O Sr. AmadeuSoaresAlbergaria (PSD): — Não é verdade!

A Sr.ª Joana Mortágua (BE): — Abriram, neste concurso, no 2.º e no 3.º ciclos, 19 turmas e todas elas

tinham lugar na escola pública.

Pergunto aos Srs. Deputados do PSD e do CDS se isto é ou não é um abuso sobre os impostos dos

contribuintes e se isto é ou não é uma despesa pública que deveria ser cortada.

Aplausos do BE.

O Sr. Amadeu Soares Albergaria (PSD): — Falso!

A Sr.ª Joana Mortágua (BE): — Trata-se ou não de financiar colégios privados, decretando a falência da

escola pública? No interesse de quem é que isto se faz? No interesse dos contribuintes? No interesse do défice?

No interesse do País? No interesse das crianças? Ou no interesse dos colégios? É possível fazer melhor do que

isto, ou não? É!

O Sr. Pedro Alves (PSD): — Vá lá falar com os pais!

A Sr.ª Joana Mortágua (BE): — E aquilo que este despacho veio fazer é fazer melhor. Este despacho

devolve a racionalidade que estava toldada pelos interesses.

Expliquem-me o seguinte: se os instrumentos legais do concurso referem zona geográfica de oferta é porque

há necessidade, de acordo com a análise de rede, ou é porque naquela freguesia há um colégio que está à

espera de financiamento e que querem financiar?

Vozes do BE: — Muito bem!

A Sr.ª Joana Mortágua (BE): — E se ao colégio daquela freguesia lhe der jeito que o concurso seja aberto

para a sua freguesia e não para uma área geográfica maior, porque assim não tem concorrência e recebe o

financiamento, por que é que depois vai buscar alunos às outras freguesias e, se for preciso, a outros concelhos

para completar as suas turmas?!

O Sr. José Manuel Pureza (BE): — Muito bem!