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7 DE MAIO DE 2016

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A Sr.ª Ana Virgínia Pereira (PCP): — PSD e CDS tinham o dever de cumprir a Lei de Bases do Sistema

Educativo e de assegurar que apenas onde não houvesse cobertura da rede pública o Estado assegurasse a

contratualização temporária com escolas privadas. Em vez disso, violaram a lei, esvaziaram as escolas públicas

e despediram professores e funcionários, optando por financiar escolas privadas com dinheiros públicos, onde

havia cobertura de rede.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Exatamente!

Protestos do PSD.

A Sr.ª Ana Virgínia Pereira (PCP): — PSD e CDS tinham o dever de se preocuparem com as pessoas do

ensino particular e cooperativo. Pelo contrário, nunca se preocuparam com o facto de o contrato coletivo que

mais defende os direitos dos professores ter caducado e de as escolas não quererem negociar um novo contrato

coletivo que assegurasse os seus direitos.

Vozes do PCP: — Muito bem!

A Sr.ª Ana Virgínia Pereira (PCP): — A instabilidade e outros problemas que se vivem hoje são o resultado

da ação e das opções de vários governos, sobretudo do anterior Governo PSD/CDS e da sua prática de violação

da Lei de Bases do Sistema Educativo e da Constituição.

A perspetiva do PCP sobre esta questão é a mesma que sempre afirmámos e é bem diferente da que defende

e da que faz o PSD e CDS.

Nos últimos quatro anos, PSD e CDS optaram por desmantelar a escola pública e por financiar a privatização

da educação com o dinheiro do Orçamento do Estado. Entendemos que a obrigação de qualquer governo é a

de defender, de melhorar e de alargar a capacidade de resposta da escola pública, porque é isso que contribui

para a democratização da educação.

Sabemos que a rede pública é insuficiente e, por isso, é necessário recorrer temporariamente às escolas

privadas onde não há escola pública, a contratos de associação até que seja colmatada essa carência. Esta

contratualização tem de ser sujeita a critérios rigorosos e objetivos, como, de resto, constava de uma proposta

que apresentámos com critérios de financiamento dos contratos de associação, proposta que foi rejeitada pelo

PSD e CDS.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Bem lembrado!

A Sr.ª Ana Virgínia Pereira (PCP): — Agora, PSD e CDS optam por lançar o alarme e o pânico, agitando

ameaças de encerramentos e de despedimentos.

Protestos do PSD.

O PCP opta por afirmar a necessidade de investir no alargamento e na qualidade da escola pública e por

defender que professores e funcionários do ensino privado tenham direitos equiparados aos da escola pública.

Vozes do PSD: — Fale do que sabe!

A Sr.ª Ana Virgínia Pereira (PCP): — PSD e CDS não estão verdadeiramente preocupados com os

professores, os funcionários, os pais ou os estudantes, que instrumentalizaram apenas para obterem ganhos

políticos imediatos a partir desta desestabilização.

Vozes do PCP: — Exatamente!

A Sr.ª Ana Virgínia Pereira (PCP): — O PCP continuará firme e serenamente a defender o direito de todas

as crianças e jovens à igualdade no acesso e sucesso escolar como a universalização da educação, sem