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I SÉRIE — NÚMERO 69

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O Sr. Presidente: — Para responder tem a palavra o Sr. Deputado Renato Sampaio.

O Sr. Renato Sampaio (PS): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Pedro Pimentel, permita-me, sem qualquer

acrimónia, pela simpatia que V. Ex.ª merece, que lhe diga que, como não adivinhou o teor da minha intervenção

para poder trazer um pedido de esclarecimento escrito, ele nada tem a ver com a intervenção que eu fiz.

O Sr. Luís Pedro Pimentel (PSD): — Essa é a posição do PS!

O Sr. Renato Sampaio (PS): — Ou seja, o Sr. Deputado não colocou qualquer questão sobre a matéria que

eu aqui expus.

Portanto, a resposta ao seu pedido de esclarecimento remeto para a que foi dada pelo Sr. Ministro na

intervenção que proferiu sobre esta matéria — aliás, também já sabia que o Sr. Ministro ia dizer isso.

Por outro lado, o Sr. Deputado fez algumas afirmações, que me parecem gratuitas, sobre o problema dos

custos que envolvem a utilização de meios mecânicos ou manuais e a utilização do glifosato. Não tenho nenhum

estudo, mas há elementos que dizem exatamente o contrário, ou seja, que a utilização de meios mecânicos e

humanos fica mais económica para as autarquias do que a utilização do glifosato. Portanto, essa afirmação não

colhe.

Quanto à posição do Partido Socialista, julgo que deve ter percebido pela minha intervenção, pelas

intervenções anteriores e pela própria intervenção do Sr. Ministro, que nós estamos globalmente de acordo com

esta iniciativa apresentada pelo Bloco de Esquerda e, por isso, a nossa votação no final deste debate também

não o vai surpreender.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia.

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Sr. Presidente, senti necessidade de dar uma resposta ao Sr.

Deputado Álvaro Batista, do PSD, não tanto por se ter referido à CDU, como é evidente, mas porque disse um

conjunto de coisas que, na minha perspetiva, são absolutamente perigosas.

O Sr. Deputado acaba por ser — não me leve a mal a expressão que vou utilizar — um político perigoso.

Sabe porquê? Porque subvaloriza completamente o risco para a saúde humana de determinadas substâncias.

Se eu lhe der exemplos como o amianto, como o glifosato, que hoje estamos a discutir, ou como os

organismos geneticamente modificados, para o Sr. Deputado isso é tudo irrelevante. Sabe porquê? Porque as

pessoas não inalam amianto, ou glifosato ou outra substância qualquer e caem para o lado; se caíssem para o

lado, o Sr. Deputado despertava. Mas, como estas coisas têm efeito a médio e a longo prazos, o Sr. Deputado

não se preocupa, o que é muito grave, porque nós, na nossa atuação política, devemos, de facto, ter uma

perspetiva de curto prazo, mas com um olhar para o médio e para o longo prazos. É isto que faz a

responsabilidade. É isto que faz adotar um princípio da responsabilidade e um princípio da precaução, que

deveria movê-lo para atuar. Mas, como o Sr. Deputado não vê perigo à vista, não faz mal. E depois utiliza a

demagogia para encher o seu discurso de argumentos, dizendo: «Qualquer dia as pessoas ficam proibidas de

ir à praia porque o sol pode provocar cancro»!

Mas o Sr. Deputado esquece uma coisa fundamental, que é a pessoa voluntariamente querer…

O Sr. Presidente: — Peço-lhe que conclua, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Vou concluir, Sr. Presidente.

Dizia eu que o Sr. Deputado esquece uma coisa fundamental, que é a pessoa voluntariamente querer agir

de uma determinada forma ou não poder e, involuntariamente, sujeitar-se a determinados perigos.

O Sr. Presidente: — Peço-lhe que conclua, Sr.ª Deputada.

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