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I SÉRIE — NÚMERO 71

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Vozes do PSD: — É verdade!

O Sr. Cristóvão Norte (PSD): — O turismo é, talvez, o sector mais relevante do País para a recuperação

económica. E se estes resultados são o sintoma manifesto da incompetência, então, desafio este Governo a

conseguir ser tão incompetente como foi o anterior Governo no decurso dos últimos quatro anos.

Vozes do PSD: — Muito bem!

Protestos do PS.

O Sr. Cristóvão Norte (PSD): — Trouxemos aqui este debate porque o consideramos da maior relevância

para a economia e merece toda a importância.

Porventura, a Sr.ª Secretária de Estado ofereceu-nos posições equilibradas, estruturadas, muitas delas, e

que acompanhamos em larga medida,…

A Sr.ª Hortense Martins (PS): — Muito bem!

O Sr. Cristóvão Norte (PSD): — … mas não podemos deixar de notar a flagrante omissão da presença do

Sr. Ministro da Economia, que talvez não considere que esta seja uma matéria tão importante quanto ela é.

O Sr. Luís Leite Ramos (PSD): — Está em Vila Real!

O Sr. Cristóvão Norte (PSD): — Está em Vila Real, como relembra o Sr. Deputado, e parece que este

agendamento potestativo, este debate essencial para o País, é secundário, não é matéria que mereça a sua

atenção.

Vozes do PSD: — É verdade!

Protestos do PS.

O Sr. Cristóvão Norte (PSD): — Por isso, não podemos deixar de notar que preferiu inaugurar uma obra

que já está em funcionamento há um ano do que tornar esta Assembleia da República o centro nevrálgico do

debate político, como esta maioria proclama que deve ser.

Convocámos este debate porque este sector económico tem demonstrado muita vitalidade e o seu

desempenho revelou-se absolutamente decisivo para se transpor a recessão económica, mas também, e não

menos importante do que isso, para que se criassem condições para um padrão estruturalmente distinto, mais

alicerçado nas exportações e nos bens de natureza transacionável e menos no modelo acanhado, fechado e

menos concorrencial, o que conduz inevitavelmente, no quadro de uma economia globalizada e de padrão

competitivo, a desequilíbrios macroeconómicos suscetíveis de criar dependência externa e cercear a liberdade

de escolha dos portugueses e dos nossos governos.

Mas o sector, por muito transversal que seja, e é, tem outra virtude: tem uma capacidade instalada

significativa, marcada por uma oferta diversificada e de qualidade e, por isso, contribui para aquilo que pode e

deve ser Portugal: um País aberto, que encare os desafios com nervo e prioridades e que aproveita o melhor

de si, os seus recursos endógenos, as suas vantagens comparativas, para construir economias de rede que

criem maior integração de valor e com efeitos multiplicadores económica e socialmente mais elevados,

geradores de emprego e mobilizadores de investimento.

Os números falam por si, mas é importante compreender as causas. Há causas e não foram meramente —

e isso devo reconhecê-lo — o trabalho e mérito do anterior Governo. É um trabalho sustentado que deve ter

continuidade, mas para isso é necessário contribuir com uma estratégia ponderada, promotora de mudanças

sensatas e equilibradas, que acompanhe o mercado.

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