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I SÉRIE — NÚMERO 86

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BPN, do BPP, do BES, do BANIF e ainda depois de ter tido banca estrangeira a anunciar a saída de Portugal

e/ou a redução, de forma significativa, da sua atividade na economia portuguesa.

Perante esta iniciativa do Partido Socialista, a direita parlamentar só coloca a pergunta: o que é que vão fazer

à Caixa Geral de Depósitos? Podem começar por responder à vossa própria pergunta, perguntando ao Dr. Pedro

Passos Coelho, porque ele, em 2015, dizia que queria receber 900 milhões de euros de CoCo e, ontem, dizia

que era preciso colocar 2500 milhões e que 2500 milhões eram suficientes.

Srs. Deputados, a diferença são 3400 milhões de euros, praticamente 2% do PIB! A resposta à vossa

pergunta foi dada pelo vosso próprio líder.

Os senhores deixaram a Caixa Geral de Depósitos sem capital, sem cumprir o capital regulatório para as

condições impostas a partir de 1 de janeiro de 2017. Os senhores deixaram a Caixa Geral de Depósitos numa

situação de fragilidade, há beira da privatização que queriam fazer, mas, entretanto, mudaram de opinião.

Aplausos do PS.

Os Srs. Deputados falaram de ato falhado, mas os senhores precisam de ir para o divã. Precisam de ir para

o divã, porque vêm aqui dizer, de forma surpreendente, que querem inquirir. Querem inquirir porque pode haver

crimes, no que diz respeito à Caixa Geral de Depósitos. Crimes! Mas os senhores foram Governo quatro anos!

Os senhores foram Governo quatro anos e, agora, querem uma auditoria e uma comissão de inquérito, quando

foram tutela durante quatro anos. E este Parlamento não conheceu e não conhece, já agora, nenhuma prática

na Caixa Geral de Depósitos que mereça ser objeto de uma comissão de inquérito.

Os senhores precisam de ir ao divã, também, por outra razão: porque querem fazer um corte na história.

Querem começar a resolver os problemas do sistema financeiro a partir de 26 de novembro de 2015, como se

entre 2011 e 2015 nada tivesse acontecido neste País.

Aplausos do PS.

Foram quatro anos. E, quatro anos depois, os contribuintes continuam a pagar a fatura, inclusive, a fatura

das vossas opções políticas. Isto porque, quando, nesta Câmara, o Primeiro-Ministro Pedro Passos Coelho

disse que a receita era «austeridade, custe o que custar»…

Protestos do Deputado do PSD Miguel Morgado.

Sr. Deputado Miguel Morgado, não quer ouvir? Não está a gostar do que está a ouvir?

Aplausos do PS.

Protestos de Deputados do PSD, batendo com as mãos nos tampos das bancadas.

Sr. Deputado, quanto à receita da «austeridade, custe o que custar», anunciada aqui, nesta tribuna do

Governo, pelo Dr. Pedro Passos Coelho, sabe qual é o seu significado? Mais insolvências! Mais falência de

empresas! Mais falência de famílias! Mais crédito malparado! Mais crédito em risco! Mais problemas nos bancos!

Aplausos do PS.

Protestos do PSD e do CDS-PP.

Para finalizar, gostaria de dizer que assistimos a uma nova tese apresentada, hoje, pela Deputada Maria Luís

Albuquerque. É que o Governo não se pode desculpar com Angola, com o Brasil ou com o Brexit.

O Sr. Presidente: — Peço-lhe que sintetize, Sr. Deputado.

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