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21 DE JULHO DE 2016

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Srs. Deputados, vamos passar ao voto n.º 115/XII (1.ª) — De saudação à Seleção Nacional de Futebol, por

se ter sagrado campeã da Europa (Presidente da AR, PSD, PS, BE, CDS-PP, PCP, Os Verdes e PAN).

O Sr. Secretário Duarte Pacheco vai proceder à leitura do voto.

O Sr. Secretário (Duarte Pacheco): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, o voto é do seguinte teor:

«No passado dia 10 de julho, no Estádio de Saint-Denis, em Paris, a Seleção Nacional de Futebol sagrou-se

campeã da Europa.

A Seleção Nacional havia chegado às meias-finais de dois Mundiais e de quatro Europeus. Em 2004, em

Lisboa, Portugal perdeu o jogo da final frente à Grécia. Agora, pela primeira vez, a Seleção venceu mesmo a

final e trouxe para Portugal a Taça Henri Delaunay.

É o maior feito de Portugal no desporto que mais apaixona os portugueses, o futebol.

O escritor Albert Camus disse um dia que era ao futebol que devia tudo o que tinha como mais certo acerca

da moral e dos deveres de uma pessoa. Depois daquilo que vimos na final do Campeonato da Europa, em Paris,

a frase ganha para nós, portugueses, um novo sentido.

Aquele jogo teve, de facto, um pouco de tudo: o dramatismo da lesão do capitão de equipa, Cristiano Ronaldo;

o sacrifício e a entreajuda que revelaram os que ficaram em campo; a sorte que acompanha os campeões; e, já

no prolongamento, a inspiração de Éder, que ainda não tinha jogado um único minuto neste campeonato.

Um jogo épico. Uma grande lição de vida.

Esta Seleção Nacional do Euro 2016 já reunia à partida uma das melhores gerações de sempre do futebol

português. É português um dos melhores jogadores do mundo e o melhor europeu da atualidade.

Os jogadores da Seleção jogam ao mais alto nível em vários campeonatos europeus e são bem o exemplo

cimeiro da excelência profissional alcançada pela formação e organização dos clubes de futebol nacionais e da

Federação Portuguesa de Futebol.

De resto, a avaliar pelo recente título europeu da Seleção Sub-17 e pela qualificação dos Sub-21 para as

Olimpíadas, há razões para acreditar que este sucesso vai ter continuidade num futuro próximo.

Mas o que vimos ao longo deste Campeonato, e em particular no jogo da final, foi mais do que o valor das

individualidades, foi mesmo a força de um coletivo. O todo falou mais alto do que a soma das partes.

O Selecionador Fernando Santos e os 23 jogadores convocados escreveram uma página de glória que vai

perdurar na memória de todos os portugueses.

Um exemplo e uma inspiração para enfrentarmos, com coesão social e dedicação patriótica, os desafios que

temos enquanto comunidade nacional.

Uma Seleção Nacional de Futebol é sempre muito mais do que os 11 jogadores em campo.

Já dizia o grande cronista brasileiro Nelson Rodrigues: «A seleção é a Pátria em Chuteiras».

A Seleção Nacional representa em campo os milhões de portugueses que, em Portugal e nos quatro cantos

do mundo, formam a nossa comunidade nacional de valores e cultura.

Se dúvidas houvesse, bastaria testemunhar as impressionantes manifestações de júbilo que se seguiram na

noite da vitória e no dia da chegada da Seleção Nacional a Lisboa.

A Assembleia da República, reunida em sessão plenária, homenageia assim a Direção da Federação

Portuguesa de Futebol, o Selecionador Nacional e restante equipa técnica e todos os 23 jogadores convocados

por esta inesquecível vitória no Campeonato Europeu de Futebol de 2016 em França».

O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, informo que se encontra connosco o Prof. Pedro Dias, em

representação da Direção da Federação Portuguesa de Futebol.

Vamos, então, proceder à votação do voto.

Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.

Aplausos gerais.

Srs. Deputados, informo que se encontra também connosco o Dr. Fernando Elias Claro, em representação

da Direção da Federação de Patinagem de Portugal.

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