O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 11

32

na âncora de alguma economia local, nomeadamente dos produtos endógenos, mas também num produto de

recuperação do património e daquilo que é, no fundo, um conjunto de realidades que a todos nos obriga a

proteger.

Portanto, apenas direi que, da nossa parte, não houve uma tentativa de ultrapassar ninguém, tratou-se, única

e simplesmente, de valorizar, apoiar e chamar a atenção para esta realidade, que pode ser, de facto, um produto

turístico, mas, acima de tudo, um valor económico para as populações e para o País.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Tem a palavra, para uma intervenção, em nome do Grupo

Parlamentar de Os Verdes, o Sr. Deputado José Luís Ferreira.

O Sr. José Luís Ferreira (Os Verdes): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Como já aqui foi referido

hoje, a estrada nacional n.º 2 é a única estrada portuguesa que atravessa o País de norte a sul. São mais de

700 km de percurso, atravessando 11 distritos e mais 30 dos nossos concelhos.

A estrada nacional n.º 2 é, sobretudo, a estrada das culturas, das especificidades das nossas terras, das

nossas localidades rurais e também da nossa história, mas deve ainda ser encarada como um esforço, um

desbravar de caminhos, de atalhos para o desenvolvimento do interior do País. A importância desta estrada

continua a ser fundamental do ponto de vista da mobilidade, uma vez que por ela circulam não só veículos

motorizados como também bicicletas e possui, ainda, todas as características para aí se poder fomentar e

implementar percursos pedonais.

Se há estrada que, para além da importância que reveste em termos de mobilidade para as populações,

ainda possui potencialidades para promover motivos turísticos cada vez mais procurados, como seja o turismo

termal, o turismo da natureza, o turismo rural, a procura de locais onde se possa circular de forma sustentável,

como circular de bicicleta ou até a pé, essa é a estrada nacional n.º 2.

A crescente procura do turismo, que não passa apenas pela visita às grandes cidades, é cada vez mais

evidente, o que nos convoca a procurar formas alternativas de potenciar o que temos em termos de turismo.

Não é preciso inventar nada porque temos muitas potencialidades por descobrir e por explorar.

Saibamos nós olhar para elas como verdadeiras potencialidades, como produtos turísticos de altíssima

qualidade. Saibamos nós estar atentos à crescente consciência ambiental e ecológica, que tende a generalizar-

se pelo mundo, e à importância que representa no conjunto das variáveis quando os turistas decidem visitar um

País.

O riquíssimo património natural que envolve grande parte do percurso da estrada nacional n.º 2 — rios,

serras, montanhas, paisagens — merece ser visto e visitado pelo mundo sempre numa perspetiva de turismo

sustentável e amigo do ambiente e da natureza, sempre numa perspetiva de um turismo ecologicamente

equilibrado, capaz de não comprometer o futuro desses recursos naturais. Mas o percurso da estrada nacional

n.º 2 oferece-nos, ainda, um valiosíssimo património construído — castelos, conventos, igrejas e outros

monumentos — e, sobretudo, oferece-nos um singular quadro da nossa cultura e das especificidades de cada

região em termos, por exemplo, culturais ou gastronómicos.

Do Algarve a Trás-os-Montes há um mundo de mundos com interesse turístico que é necessário potenciar e

que também tem de ser olhado não apenas como produto turístico mas como potenciador de um sério combate

às assimetrias regionais e como fator de desenvolvimento regional. Um trabalho que deve envolver não só o

Governo central mas também as entidades regionais de turismo e, naturalmente, as autarquias locais.

É, portanto, necessário olhar para esta estrada como uma potencialidade a ser conservada e dinamizada,

não só como produto turístico, mas também e, principalmente, como instrumento de mobilidade das populações.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Tem agora a palavra, para uma intervenção, o Sr. Deputado

Bruno Dias, do PCP.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Depois de anos e anos de

desinvestimento e cortes orçamentais na conservação e beneficiação da rede viária nacional, depois de milhares

Páginas Relacionadas
Página 0024:
I SÉRIE — NÚMERO 11 24 situação no Brasil, das eleições norte-america
Pág.Página 24
Página 0025:
13 DE OUTUBRO DE 2016 25 Há um ano, decidimos, nesta Casa, a alteração da forma de
Pág.Página 25
Página 0026:
I SÉRIE — NÚMERO 11 26 Daí propormos que possa haver alterações nos e
Pág.Página 26
Página 0027:
13 DE OUTUBRO DE 2016 27 Sr. Presidente, permita-me realçar o empenhamento dos func
Pág.Página 27
Página 0028:
I SÉRIE — NÚMERO 11 28 Assim, apoiaremos todas as medidas que visem m
Pág.Página 28
Página 0029:
13 DE OUTUBRO DE 2016 29 tarifas a praticar pelos sistemas de titularidade municipa
Pág.Página 29