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4 DE NOVEMBRO DE 2016

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Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Este Orçamento, na nossa perspetiva, é tão fraco que o Sr. Primeiro-

Ministro optou por se esconder, optou por não dar a cara por ele.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito bem!

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Mas também há uma outra explicação, que é a de não ter de se

sujeitar ao incómodo de nos explicar como é que não aumenta as pensões mais baixas das mais baixas,

pensões de 200 €, e não tem qualquer problema com a falta de transparência, vergonhosa, no processo da

Caixa Geral de Depósitos.

Aplausos do CDS-PP.

Mas não se preocupe, Sr. Primeiro-Ministro, porque, quer em matéria de transparência quer em matéria de

salários, nós vamos garantir que este processo orçamental não termina sem que as duas questões sejam bem

clarificadas e votadas nesta Casa.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito bem!

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Sr. Primeiro-Ministro, tenho de lhe dizer que quem se furta a este

debate — estive a ver e só há 20 anos é que aconteceu algo igual ao que está a acontecer hoje —, quem não

quer responder na Casa da democracia, na verdade, não mostra, hoje, em Portugal, respeito pelas portugueses

e mostra, além do mais — e, diria, isso para mim é alguma novidade —, uma certa cobardia.

Aplausos do CDS-PP.

O País merecia um Primeiro-Ministro que desse a cara pelo seu Orçamento, que desse a cara pelas suas

opções, boas ou más, e não um Primeiro-Ministro que se furta ao confronto parlamentar.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito bem!

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — E só isto já diz muito do seu Orçamento do Estado: é que é tão

poucochinho que nem o senhor tem coragem para o defender.

Aplausos do CDS-PP.

Mas vamos ao dito Orçamento do Estado. No CDS, achamos que este não é um debate para ser

desvalorizado e, por isso, tenho muito gosto em fazer a minha análise e perguntas ao Sr. Ministro das Finanças.

Sr. Ministro das Finanças, em representação do Sr. Primeiro-Ministro, que está escondido ao seu lado e que

não se digna a responder, ainda assim, farei o enquadramento de quatro pontos e deixarei três questões muito

concretas às quais gostaria que pudesse responder.

Primeira nota: este Orçamento fica marcado por um orçamento oculto. E oculto porquê? Porque teve a versão

1 e, menos de 15 dias depois, teve a versão 2. De facto, por muita insistência da oposição, apareceu a versão

2 e vimos que, em 15 dias, este foi um Orçamento que deslaçou e no qual, de repente, os aumentos passaram

a ser cortes, como vimos na educação.

Mas também vimos que esta versão 1 do Orçamento do Estado cumpriu abundantemente a sua função

propagandística. E tenho de tirar o chapéu ao Partido Socialista e aos seus parceiros porque fazem isto muito

bem. Este é o Orçamento que tentou enganar o Parlamento com versões absolutamente incompletas, e diria

que só não me espanta a resistência em entregar documentos ao Parlamento porque também conhecemos o

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