O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 20

84

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Mas, claro, ainda só estamos a começar, ainda só estamos no campo das previsões. Há meio ano o Governo

previa um crescimento de 1,8% para este ano, que corrigiu para 1,2%, e agora prevê um crescimento de 1,5%

para o próximo ano. Admito que demore, pelo menos, tanto tempo a dizer que não vai corrigir os cenários

macroeconómicos porque eles são extremamente credíveis. Não são, Sr. Ministro das Finanças, são muito

credíveis?!

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Ou seja, não há estratégia económica, e esse é o elemento mais relevante desta discussão. O elemento

mais importante não é o Orçamento, não é o défice, mas, sim, o seguinte: depois de o País ter tido a

necessidade, por causa de um Governo socialista, de fazer um resgate externo e de passar por um programa

de ajustamento doloroso para todo o País, o mais que o Governo das esquerdas consegue dizer é que não tem

uma estratégia para pôr a economia a crescer sem precisar de cortes permanentes e sem precisar de medidas

extraordinárias?! Então, onde está a estratégia alternativa? Não há! Não há!

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O que é que o País precisava de fazer? Precisava de resolver os elementos principais de fragilidade

económica que evidencia: atrair investimento, atrair mesmo investimento, de preferência investimento direto

externo porque o capital interno é escasso; impulsionar, com isso, o crescimento e o emprego, e nós estamos a

estagnar; aproveitar ainda o que resta das oportunidades de conjuntura da política monetária do BCE. Está aí a

inflação à espreita e, quanto mais ela espreitar na Europa, mais depressa a política de juros baratos se vai

embora. Quando for embora, ficaremos afogados.

Protestos do PS.

De resto, é muito importante lembrar ao Governo que talvez não valha a pena esperar por qualquer vaticínio.

Não, nós já hoje estamos a pagar mais cerca de 350 milhões de euros de encargos com juros pela dívida pública

porque os juros da dívida pública se agravaram em Portugal, dada a política deste Governo.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Ora, nós precisamos, volto a dizê-lo, de gerar confiança para o futuro e é por isso que precisamos de

assegurar a sustentabilidade da segurança social, que não está assegurada, Sr. Ministro!, e precisamos de ter

uma estratégia, que as esquerdas não têm, para que o País possa ser mais competitivo, mais aberto, mais

inovador, mais justo, mais exigente, com mais qualificações, sem papões na globalização e sem extremismos

contra a União Europeia, porque não é a ameaçar os nossos parceiros que vamos crescer mais, nem ser mais

felizes, Sr.ª Deputada Catarina Martins, número dois desta maioria.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Foi a primeira pessoa a quem se referiu!

O Sr. PedroPassosCoelho (PSD): — Isso exige, Sr. Presidente, uma política reformista, que esta maioria

não tem.

O Governo e a sua maioria estão paralisados entre as contrarreformas que iniciaram e a negação sobre a

necessidade de termos um novo fôlego reformista para Portugal.

E estão presos ao passado, como se assistiu neste debate. Não fosse o Governo dos últimos quatro anos,

não fosse esta forma quase rufia e, não há dúvida, até arrogante, como se verifica em qualquer debate em que

resolvem provocar, insinuar,…

Páginas Relacionadas
Página 0092:
I SÉRIE — NÚMERO 20 92 alternativa da escolha errada e é por isso que
Pág.Página 92
Página 0093:
5 DE NOVEMBRO DE 2016 93 Submetida à votação, foi aprovada, com votos a favo
Pág.Página 93