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I SÉRIE — NÚMERO 26

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Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Tem a palavra a Sr.ª Deputada Rita Rato.

A Sr.ª RitaRato (PCP): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: Relativamente à proposta que aqui foi feita pelo Sr.

Deputado do PSD, Fernando Negrão, da nossa parte, não há problema nenhum em que esta matéria baixe à

comissão sem votação. O projeto de lei do PCP é claro quanto aos seus objetivos e, por isso, entendemos que faz

sentido desde que isso aconteça com um prazo razoável para que o processo tenha a celeridade desejada.

Perguntou o Sr. Deputado Fernando Negrão se temos uma lei e sucessivas alterações à lei, então, por que

é que a situação não melhora. Da parte do PCP, temos vindo a registar que não basta haver alteração na letra

da lei quando há um problema de fundo, que é a falta de meios materiais e humanos dos tribunais.

O Sr. FernandoNegrão (PSD): — É a realidade!

A Sr.ª RitaRato (PCP): — Não é por acaso que o PCP apresentou recentemente uma proposta para a

abertura de um concurso extraordinário de magistrados no Ministério Público, porque, de facto, há falta de

magistrados no Ministério Público, assim como há falta de funcionários judiciais e falta de membros das equipas

multidisciplinares de apoio aos tribunais, que são essenciais, aliás, nestes processos.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Queira terminar, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª RitaRato (PCP): — Termino, Sr. Presidente, dizendo que, da parte do PCP, entendemos que estes

são combates que correm em paralelo: as alterações legislativas que são necessárias para a proteção das

vítimas de violência, mas também a garantia dos meios materiais e humanos que visam o cumprimento da lei e

o princípio do superior interesse das crianças.

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Tem agora a palavra, para uma telegráfica intervenção, a Sr.ª

Deputada Sandra Cunha.

A Sr.ª SandraCunha (BE): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: É só mesmo para referir que não percebo como é

que a Sr.ª Deputada Vânia Dias da Silva tirou essa ideia de que metade das denúncias de violência doméstica são

falsas. Na verdade, só 5% das denúncias é que são falsas, e isso também não é dito no projeto de lei do PAN.

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Elza Pais.

A Sr.ª ElzaPais (PS): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: Queria também saudar as iniciativas do PCP, do

Bloco de Esquerda e do PAN, que muito contribuirão para que este edifício jurídico possa ser alargado no sentido

de prevenir e combater a violência doméstica e também proteger as vítimas.

Sr. Deputado Fernando Negrão, tenho-o em elevadíssima consideração e seguramente que haverá toda a abertura

para integrar o seu saber, o seu bom senso e os seus contributos, que muito ajudarão a melhorar este projeto.

Só lamento, nesta fase, que não o tenhamos feito há um ano, quando o Partido Socialista apresentou

contributos para melhorar as vossas propostas e eles foram inviabilizados. Mas estamos sempre no momento

do diálogo e é saudável que esse diálogo aconteça em matérias tão sensíveis como esta.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Queira terminar, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª ElzaPais (PS): — Termino, Sr. Presidente.