O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 26

6

Aplausos do PSD.

Protestos de Os Verdes.

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Renato Sampaio.

O Sr. Renato Sampaio (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: É recorrente nesta Câmara, através

de vários formatos regimentais, debater a problemática dos resíduos, sinal de que, em vários momentos, as

políticas dos resíduos são nossa preocupação.

Este debate de atualidade até pode fazer sentido, porque se trata de resíduos importados e, por isso, deve

haver um estreito controlo da sua origem e do tipo de resíduos, que foi exatamente o que aconteceu neste caso,

em que as autoridades portuguesas efetuaram uma ação inspetiva para obter as respetivas informações. E

obtiveram-nas: inspecionaram a documentação para a autorização das importações, a origem dos resíduos, o

tipo de resíduos; recolheram a informação necessária para saber se os resíduos rececionados tinham sido

previamente sujeitos, antes do embarque, ao tratamento mecânico e biológico, condição necessária para serem

importados; foram feitas diversas análises, cujo resultado demonstrou que os parâmetros de carbono orgânico

dissolvido estavam acima dos valores normais, é verdade — mas estes valores demonstram apenas a existência

de material orgânico em excesso, e aqui o que era necessário saber era se o aterro onde estavam para ser

depositados os resíduos reunia as condições necessárias para o seu tratamento. Ora, a Inspeção-Geral, como

medida de precaução, e em função dos valores encontrados, decidiu e determinou que se retivessem os

resíduos para depósito até existirem análises mais globais e mais rigorosas para se encontrar a melhor solução

para este caso.

Do nosso ponto de vista, as autoridades portuguesas agiram bem, dentro das normas e da legislação em

vigor. E temos a certeza de que, em função dos resultados obtidos, encontrarão a melhor solução ambiental

para resolver os problemas relativos a estes resíduos.

Confiamos, obviamente, nos mecanismos disponíveis para a execução deste tipo de operações, quer seja

na importação, quer seja na exportação. Confiamos ainda mais nas autoridades portuguesas e em quem as

tutela, que têm a responsabilidade de permitir e de autorizar a sua deposição em aterros preparados para tal.

Continuaremos, obviamente, a acompanhar este assunto sem dramatismos e sem provocar qualquer tipo de

alarme para que a solução encontrada possa ser a melhor, a melhor para Portugal, a melhor para os portugueses

e, fundamentalmente, a melhor para o ambiente. Mas, Sr. Ministro, gostaria que, na sua intervenção final, nos

pudesse dizer se existem dados novos que justifiquem um alarme — que até pode ser considerado um alarme

social — à volta de uma operação que, do ponto de vista da legislação portuguesa e da legislação europeia, é

uma operação absolutamente normal.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, em nome do Grupo Parlamentar do PCP, tem a palavra a Sr.ª

Deputada Ana Virgínia Pereira.

A Sr.ª Ana Virgínia Pereira (PCP): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados: Foi

tornado público que as autoridades ambientais portuguesas e italianas concretizaram um acordo para o envio

de 20 000 toneladas de resíduos, alegadamente de baixo risco, para um aterro, o CITRI, Centro Integrado de

Tratamento de Resíduos Industriais, na região de Setúbal. Todos sabemos que já chegaram a Portugal as

primeiras 2700 toneladas, tendo estas sido colocadas em quarentena até haver resultado das análises efetuadas

aos resíduos, por imposição da Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do

Território.

Srs. Deputados, Sr. Ministro, conhecidos que foram os resultados das referidas análises, foi tornada pública

a existência de um parâmetro presente nos resíduos, o carbono orgânico dissolvido, que ultrapassava em muito

os níveis de perigosidade permitidos, razão pela qual o Governo terá interditado o processamento dos resíduos

até que se procedesse a um esclarecimento da situação real dos riscos dos resíduos.

Páginas Relacionadas
Página 0028:
I SÉRIE — NÚMERO 26 28 O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, damos por
Pág.Página 28
Página 0029:
7 DE DEZEMBRO DE 2016 29 O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Muito bem!
Pág.Página 29
Página 0030:
I SÉRIE — NÚMERO 26 30 empresas do Estado, por respeito para com o di
Pág.Página 30
Página 0031:
7 DE DEZEMBRO DE 2016 31 Mais: nunca fomos coniventes com o jogo de, pura e simples
Pág.Página 31
Página 0032:
I SÉRIE — NÚMERO 26 32 exclusivamente ao PSD, porque o CDS não votou
Pág.Página 32
Página 0033:
7 DE DEZEMBRO DE 2016 33 problema ao Governo e a esta maioria; os senhores estão a
Pág.Página 33
Página 0034:
I SÉRIE — NÚMERO 26 34 Portanto, Sr. Deputado, esses são artifícios q
Pág.Página 34
Página 0035:
7 DE DEZEMBRO DE 2016 35 Monteiro foi para o Banco de Portugal receber 30 000 € por
Pág.Página 35
Página 0036:
I SÉRIE — NÚMERO 26 36 sólido e merece que este debate seja feito com
Pág.Página 36
Página 0037:
7 DE DEZEMBRO DE 2016 37 O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Não foi! O S
Pág.Página 37
Página 0038:
I SÉRIE — NÚMERO 26 38 Aplausos do CDS-PP. O Sr. Preside
Pág.Página 38
Página 0039:
7 DE DEZEMBRO DE 2016 39 O Sr. MiguelTiago (PCP): — E não nos lembramos de o CDS fa
Pág.Página 39
Página 0040:
I SÉRIE — NÚMERO 26 40 A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — Portanto, esta
Pág.Página 40
Página 0041:
7 DE DEZEMBRO DE 2016 41 Albuquerque que, hoje, se manifestou contra os projetos de
Pág.Página 41
Página 0042:
I SÉRIE — NÚMERO 26 42 O Sr. Paulo Trigo Pereira (PS): — Diga uma! Di
Pág.Página 42