O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 29

6

Sr.ª Deputada, é isso que os senhores não querem ouvir, mas são verdades inconvenientes que têm de ser

ditas.

Para rematar, dirijo algumas questões à Sr.ª Secretária de Estado. A Sr.ª Secretária de Estado está em

condições, neste momento, de nos garantir que em três meses, repito, em três meses, o trabalhador chega ao

fim deste processo com o devido ajustamento feito? Ou seja, consegue garantir-nos que o trabalhador esteja

devidamente integrado no novo posto de trabalho e, assim, colmatar as necessidades da Administração Pública?

Ou quer a Sr.ª Secretária de Estado dar outro caminho ao trabalhador, que pode estar aqui subentendido mas

não está escrito?

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra a Sr.ª Secretária de Estado da Administração e Emprego

Público, Carolina Ferra.

A Sr.ª Secretária de Estado da Administração e do Emprego Público: — Sr. Presidente, Sr. Deputado

António Carlos Monteiro, sobre a regra «dois por um», sim, essa era uma regra de referência, mas o que nos

distingue, desde logo, é o facto de esta não ser uma regra forçosa e cega.

Como o Sr. Ministro, ontem, mais uma vez, teve oportunidade de dizer na Comissão de Trabalho, essa regra,

no sítio onde foi invocada, estava sustentada com base nas saídas por aposentação. Tem havido cada vez

menos — sabe-se lá porquê! — saídas por aposentação. Estamos, por certo, num outro clima, não? Estamos

num clima de estabilidade, de previsibilidade, em que as pessoas sabem o que as espera. Se calhar, antes, não

sabiam e saíram em massa.

Ora bem, era essa quota de saída para efeitos de aposentação que tínhamos como referência até ao ano de

2015 e, de facto, no ano de 2016 não está a acontecer. Está a haver saídas por aposentação e só essas é que

eram consideradas para a regra «dois por um»; não estavam incluídas saídas forçosas por cessação de

contratos de trabalho ou fosse o que fosse — este era um ponto sagrado para nós. Portanto, se a regra estava

condicionada a esse fator e se esse fator não se verifica, não há cumprimento forçoso da regra «dois por um».

De resto, a regra também nunca poderia ser levada de uma forma cega na medida em que todos sabemos

que há setores da Administração Pública que estão a bater no fundo em termos de falta de pessoas, como é o

caso das áreas da educação e da saúde. E nós temos estado a acorrer a essa situação, como sabem.

Portanto, não é uma regra cega e nunca o foi para este Governo.

Sobre a questão da mobilidade especial — e aproveito para fazer a ponte com o que disse a Sr.ª Deputada

Carla Barros —, estamos sempre a tempo de fazer melhor, por isso a questão é fazer melhor. Podemos, e

devemos, construir na base de camadas e não destruir, que é uma regra básica. E, então, na Administração

Pública… É que nós passamos mas a Administração Pública fica, as instituições ficam.

Se o PSD e o CDS, nos anteriores governos, trabalharam sobre o que existia — a mobilidade especial —,

então, foram muito mais longe do que a mobilidade especial. Deixem-me referir duas grandes diferenças.

Primeira diferença: no regime de mobilidade especial, não havia cessação de contrato de trabalho — nunca!

—, porque a lei não o permitia.

A Sr.ª CarlaBarros (PSD): — Vamos ver agora!

A Sr.ª Secretária de Estado da Administração e do Emprego Público: — Mas a vossa lei permitiu a

cessação de contratos de trabalho passados 12 de meses de inatividade seguidos ou interpolados, o que era

muito fácil de atingir. Por isso, chegámos a dezembro de 2015 e havia 128 pessoas em risco de cessarem

contrato de trabalho.

Segunda grande diferença: não esqueçamos o artigo 245.º da atual lei do trabalho em funções públicas —

uma lei que será revogada com esta nova lei que apresentamos nesta Assembleia —, artigo que prevê, em caso

de desequilíbrio económico-financeiro do serviço, a racionalização de efetivos. Dificuldades orçamentais todos

os serviços têm, por isso este motivo era demasiado facilitador para a entrada de trabalhadores na

requalificação.

Páginas Relacionadas
Página 0002:
I SÉRIE — NÚMERO 29 2 O Sr. Presidente: — Sr.as e Srs. Deputados, Sr.
Pág.Página 2
Página 0003:
16 DE DEZEMBRO DE 2016 3 Portanto, segunda diferença: aplicação efetiva de formação
Pág.Página 3
Página 0004:
I SÉRIE — NÚMERO 29 4 O Sr. Presidente: — Sr.ª Secretária de Estado,
Pág.Página 4
Página 0005:
16 DE DEZEMBRO DE 2016 5 A Sr.ª Joana Mortágua (BE): — Sr. Presidente, Srs. Membros
Pág.Página 5
Página 0007:
16 DE DEZEMBRO DE 2016 7 Também queria referir que as pessoas, durante o período de
Pág.Página 7
Página 0008:
I SÉRIE — NÚMERO 29 8 Terceiro: não prevê qualquer corte salarial des
Pág.Página 8
Página 0009:
16 DE DEZEMBRO DE 2016 9 dos serviços de acordo com as necessidades das populações,
Pág.Página 9
Página 0010:
I SÉRIE — NÚMERO 29 10 O Sr. Tiago Barbosa Ribeiro (PS): — Muito bem!
Pág.Página 10
Página 0011:
16 DE DEZEMBRO DE 2016 11 recursos e aptidões de centenas de trabalhadores, sujeita
Pág.Página 11
Página 0012:
I SÉRIE — NÚMERO 29 12 Foi em 2009, numa manobra eleitoralista, por e
Pág.Página 12
Página 0013:
16 DE DEZEMBRO DE 2016 13 A regulamentação deste assunto deixa espaço ao Governo pa
Pág.Página 13
Página 0014:
I SÉRIE — NÚMERO 29 14 recuperou o País da bancarrota deixada pelo Pa
Pág.Página 14
Página 0015:
16 DE DEZEMBRO DE 2016 15 O Sr. Jorge Machado (PCP): — E o CDS o que é que fez? Pio
Pág.Página 15
Página 0016:
I SÉRIE — NÚMERO 29 16 O Sr. Filipe Anacoreta Correia (CDS-PP): — … e
Pág.Página 16
Página 0017:
16 DE DEZEMBRO DE 2016 17 O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, chegámos ao fim da di
Pág.Página 17
Página 0018:
I SÉRIE — NÚMERO 29 18 No que diz respeito a isso alguma dúvida me as
Pág.Página 18
Página 0019:
16 DE DEZEMBRO DE 2016 19 segurança está bem patente nas sucessivas iniciativas leg
Pág.Página 19
Página 0020:
I SÉRIE — NÚMERO 29 20 Como consequência desse planeamento deficitári
Pág.Página 20
Página 0021:
16 DE DEZEMBRO DE 2016 21 de Programação das Infraestruturas e Equipamentos das For
Pág.Página 21
Página 0022:
I SÉRIE — NÚMERO 29 22 partir de 2012 deixou de funcionar. Registo a
Pág.Página 22
Página 0023:
16 DE DEZEMBRO DE 2016 23 Em segundo lugar, não também não nos merece discordância
Pág.Página 23
Página 0024:
I SÉRIE — NÚMERO 29 24 A Sr.ª Ministra da Administração Intern
Pág.Página 24
Página 0025:
16 DE DEZEMBRO DE 2016 25 lhes responder positivamente, num quadro de mudança e ino
Pág.Página 25
Página 0026:
I SÉRIE — NÚMERO 29 26 num ciclo infernal. Mas esta é a visão do PSD
Pág.Página 26
Página 0027:
16 DE DEZEMBRO DE 2016 27 e que se transforme numa pura e simples operação de retif
Pág.Página 27
Página 0028:
I SÉRIE — NÚMERO 29 28 Aplausos do PS. O Sr. Pres
Pág.Página 28
Página 0029:
16 DE DEZEMBRO DE 2016 29 nunca serão partidos de melhoria e de evolução, serão ape
Pág.Página 29
Página 0030:
I SÉRIE — NÚMERO 29 30 O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Queir
Pág.Página 30
Página 0031:
16 DE DEZEMBRO DE 2016 31 Na verdade, entendemos — e partilhamos inteiramente dessa
Pág.Página 31
Página 0032:
I SÉRIE — NÚMERO 29 32 que consta da petição transcende a competência
Pág.Página 32
Página 0033:
16 DE DEZEMBRO DE 2016 33 Esperemos que estes casos também vão contribuindo para qu
Pág.Página 33
Página 0034:
I SÉRIE — NÚMERO 29 34 567/XIII (2.ª) — Valorização e promoção da lín
Pág.Página 34